Cerca de 500 universitários ocuparam, esta tarde, a reitoria do campus da Universidade Federal de Mato Grosso de Cuiabá, após caminharem por um trecho da avenida Fernando Corrêa da Costa e pela rua lateral da UFMT. Eles aguardam a presença da reitora Maria Lúcia Cavali Neder para uma conversa sobre o fechamento de cinco casas de Estudantes Universitários (CEUs). De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, a reitora está em reunião com o governador Silval Barbosa e depois deverá comparecer ao campus para conversar com os estudantes. Porém, não existe um horário confirmado para isso.
Os manifestantes garantem que não vão desocupar o prédio até serem ouvidos receberem a certeza de que as casas não serão fechadas até a locação ou construção de novas moradias. Após a repercussão negativa sobre o episódio desta quarta-feira (6) onde policiais da Rotam agrediram e atiraram em estudantes com balas de borracha, a reitora negou que tenha acionado a Polícia Militar para obrigar os manifestantes a encerrarem o protesto.
A PM afirmou, por meio de nota oficial enviada à imprensa que a reitoria da UFMT informou sobre o protesto e "solicitou providências". Agora será aberta uma investigação para saber de quem partiu a ordem para os policiais abordarem os estudantes. O resultado, foi muita gritaria, desespero e universitários feridos por balas de borrachas disparadas à queima-roupa e ameaçados por policiais da Rotam. São vários vídeos sobre a confusão que estão circulando na internet mostrando o conflito e o momento em que os policiais começam a agredir os estudantes.
Sobre o novo protesto desta quinta-feira que segundo organizadores, reuniu cerca de mil universitários, a estudante de Educação Física Ana Caroline Soares, 21 anos, afirmou que ocorreu tudo bem sem agressões de policiais que até foram ao local, porém, apenas acompanharam a caminhada estudantil sem fazer qualquer interferência.
"Antes da confusão de ontem a reitora afirmava que não voltaria atrás em sua decisão de não renovar os contratos das 5 CEUs, mas agora com a repercussão e todos os problemas gerados com as agressões que nós sofremos, ela [Maria Lúcia] agora já fala em tentar resolver o problema", contou a estudante enfatizando que os universitários não vão ceder sobre suas reivindicações que é de não aceitar a redução de qualquer vaga nas casas. O protesto desta quinta-feira também teve como objetivo, cobrar punição aos policiais que feriram mais de 10 estudantes com balas de borrachas e ainda prenderam 6 universitários que estavam à frente da organização do protesto.