O resultado da sindicância que apura se houve negligência médica no atendimento realizado a uma criança, de 1 ano e 2 meses, no dia 8 de janeiro, em um posto de saúde do bairro Maria Vindilina, deve ser apresentado na próxima semana. De acordo com a assessoria da prefeitura, o diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Thiago de Abreu, está em viagem e retorna nos próximos dias. O secretário municipal de Saúde, Francisco Specian, deve comunicá-lo para apresentar a conclusão.
Os pais da criança alegaram negligência no atendimento prestado pelo médico (identidade não revelada). A menina morreu a caminho do Pronto Atendimento. Segundo a mãe, a menina foi levada a um posto de saúde no bairro Maria Vindilina, depois que apresentou sinais de cólica e vômito. Ela disse que o médico fez os exames e diagnosticou que a criança estava com verme. A mãe teria pedido a internação. No entanto, o médico não acatou o pedido, receitou um remédio e a liberou. À noite, a criança passou mal novamente e não aguentou chegar até o PA.
No dia seguinte, conforme Só Notícias já informou, o diretor da UPA disse que o atendimento foi feito por um especialista e no "entendimento do mesmo, não foi necessária a internação". Thiago ainda afirmou que a criança chegou "desnutrida, com infestação parasitar, uma verminose. Tanto em cavidade oral – boca, esôfago – e na traqueia, na entrada dos pulmões. A provável causa do óbito é de uma aspiração de conteúdo de vômito bem como dos vermes".
Explicou que ela foi medicada "com base em avaliação clínica da paciente, história da mãe, exame físico", mas que, no entanto, "no início da noite, a mesma paciente retornou à unidade já sem vida, com parada cardíaca e respiratória. Mesmo assim o profissional plantonista pediatra tentou ressuscitação, os procedimentos de praxe, porém, sem sucesso".
O prazo estipulado para a conclusão da apuração de todo o atendimento à criança era de duas a três semanas.