Denunciado pelo Ministério Público por ter auxiliado um aborto praticado por sua ex-esposa, o advogado Agrícola Paes de Barros foi condenado a seis anos de prisão que serão cumpridos em regime semiaberto. A pena prevista para o referido crime é de um a quatro anos, mas como a gestante acabou morrendo em virtude de tal prática, a pena foi aumentada para seis anos. O júri foi realizado, ontem, em Cuiabá. O corpo de jurados foi composto por seis homens e uma mulher.
De acordo com o promotor de Justiça que atuou no Júri, Samuel Frungillo, o resultado do julgamento foi satisfatório. “Os jurados acolheram a tese do Ministério Público, reconhecendo que o réu teve a intenção em provocar o aborto na ex-esposa para evitar uma crise em seu novo relacionamento, pois a sua nova companheira também esperava um filho”, afirmou o promotor de Justiça.
Consta na denúncia do MPE, que o crime ocorreu no ano de 2006. Durante o julgamento, que durou aproximadamente oito horas, além do réu, amigos e familiares de Idivalnete Lemes, 30 anos, também foram ouvidos.