O forro de gesso da sala de isolamento da Unidade de Tratamento Intensivo – Dois (UTI 2) do Pronto Socorro de Cuiabá desabou por volta das 11h desta terça-feira, quando uma paciente se recuperava de uma cirurgia de apendicite. Funcionários do setor apontam que o problema é frequente e se agrava durante o período chuvoso. Há menos de um mês, pacientes tiveram que ser retirados às pressas da enfermaria do quarto andar que ficou alagada durante uma chuva.
Segundo um funcionário, no momento da queda do forro a paciente levou um susto muito grande, mas não se machucou. Porém, pondera que trata-se de uma pessoa que havia acabado de passar por procedimento cirúrgico, com corte no abdome e poderia ter se machucado. No chão da UTI 2 vários pedaços de gesso ficaram espalhados.
Acima do forro de gesso há encanamentos e a parte elétrica da UTI. Segundo um funcionário, sempre que a parte hidráulica apresenta vazamento ou chove muito o forro é danificado e o leito precisa ser interditado. “Às vezes fica com goteira em cima da cama do paciente e não há condições para mantê-lo no local”.
Como trata-se de UTI, a cama não pode ser mudada de lugar, pois existe a conexão do paciente com equipamentos específicos que são fixos, como o aparelho de oxigênio e tomadas, que ficam situados em pontos específicos da parede. “Têm situações em que goteja em cima de equipamentos também”.
O servidor pontua que a direção do PS é comunicada de todos os problemas enfrentados, mas não são tomadas providências definitivas. “Por enquanto, ninguém se machucou, mas uma hora esse gesso pode cair em cima de um paciente ou funcionário da UTI. A situação deixa todo mundo inseguro, os funcionários estão cansados disso”.
Além da UTI 2, outros setores, como a sala de descanso dos médicos também apresenta infiltrações. No dia 13 de novembro, 11 pessoas que ocupavam leitos da enfermaria do quarto andar tiveram que ser remanejadas para o corredor da unidade de saúde. Com a chuva, o setor ficou alagado e não havia como abrigar os internados. Na ocasião, servidores do Pronto-Socorro usaram sacos de plástico para colocar em cima dos leitos na tentativa de proteger os pacientes. O que não resolveu o problema. A situação foi filmada por familiares de pacientes. As imagens mostravam a água escorrendo do forro e pelas paredes, com pessoas tentando proteger quem estava deitado nos leitos.
Outro lado – a Secretaria Municipal de Saúde explica que o problema foi provocado por uma obra realizada no terceiro andar, que está em fase de conclusão. Na obra existe uma parte que está descoberta e provocou infiltração no gesso e, consequente, queda. O forro começou ser reparado ontem e a SMS entrou em contato com a empresa responsável pela reforma para que tome os devidos cuidados, evitando novo desabamento.