As nove praças de pedágio que irão integrar a nova BR-163 foram projetadas para gerar economia de energia elétrica e água, e menor volume de resíduos sólidos provenientes da construção. As edificações estão localizadas a cada 100 km ao longo dos 850 concedidos à Concessionária Rota do Oeste, conforme o contrato de concessão firmado junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A previsão é que iniciem a operação no segundo semestre de 2015. Elas estarão localizadas nos quilômetros 38 (Itiquira); Km 138 (Rondonópolis); Km 237 (Campo Verde/Santo Antônio de Leverger); Km 300 (Cuiabá/Santo Antônio de Leverger); Km 402 (Acorizal/Jangada); Km 515 (Diamantino); Km 582 (Nova Mutum); Km 667 (Lucas do Rio Verde); Km 772 ( Sorriso).
Os canteiros limpos, como são chamadas as obras com impacto reduzido ao meio ambiente, agregam diferentes iniciativas que terão resultados imediatos, durante o período de obras, e de longo prazo, com estruturas sustentáveis. As praças de pedágio são, desde suas construções, mais econômicas. As estruturas pré-moldadas reduzem o volume de materiais para construção e consequentemente o lixo acumulado. Além disso, os resíduos sólidos das obras são encaminhados para empresas especializadas em reciclagem a fim de evitar o descarte incorreto.
Outra opção adotada pela empresa foi a construção de estruturas para captação e reaproveitamento de água pluvial. Assim, toda água da chuva captada será reutilizada nas áreas verdes das praças. O diretor-técnico da Rota do Oeste, Jackson Lisboa, explica que a alternativa sustentável na construção civil em um primeiro momento significa maior custo, mas que os benefícios são dimensionados em longo prazo. “Ao optar por utilizar lâmpadas de LED, por exemplo, temos um investimento maior na aquisição e instalação, porém em menos de dois anos temos o retorno com a redução no consumo de energia. Um benefício financeiro e para o meio ambiente”.
Segurança- As praças terão 10 faixas, sendo cinco em cada sentido, e todas adequadas ao fluxo de veículos local, caraterizado pela maior presença de veículos de carga. Um benefício que trará mais conforto e agilidade aos usuários por evitar a formação de filas e acidentes nos locais. Durante o período de obras, no entanto, a Odebrecht Infraestrutura, realiza primeiro a construção de desvios para depois dar continuidade na edificação das praças de pedágio. Esta metodologia retira o tráfego da pista principal sem que seja preciso realizar interdições.
Desta forma, não há formação de filas ou lentidão na rodovia e os trabalhadores têm sua segurança reforçada pelo distanciamento do tráfego.
Cobrança- A Concessionária Rota do Oeste venceu o leilão da BR-163, realizado em novembro de 2013, depois de apresentar a menor oferta para a Tarifa Básica de Pedágio. Com deságio de 52% sobre o teto apresentado pelo governo Federal, de R$ 5,5, a Concessionária ofereceu tarifa de R$ 2,66 por eixo a cada 100 quilômetros.
De acordo com o contrato, a empresa poderá iniciar a cobrança do pedágio assim que cumprir três obrigações. A conclusão da duplicação de 10% das obras de duplicação, no caso 45 quilômetros, o início dos serviços de atendimento ao usuário e a finalização dos trabalhos iniciais de recuperação de pavimento. Com o cronograma em dia, a estimativa da empresa é de que a cobrança comece no segundo semestre de 2015.
As praças de pedágios passarão a operar simultaneamente nos nove pontos pré-estabelecidos, inclusive nos trechos cujas obras são de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Apesar de não realizar obras nestes trechos, a cobrança é legítima, pois a Concessionária presta serviço de atendimento os usuários e assumirá a manutenção deste trecho após a conclusão da duplicação.
Nos próximos cinco anos, R$ 2,8 bilhões serão investidos nas pela Rota do Oeste na rodovia e durante os 30 anos de concessão serão R$ 5,5 bilhões.