Clima de pânico em um voo de uma companhia aérea, que que partiu do Aeroporto de Guarulhos (SP) para o terminal Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, ontem, com 130 passageiros. Parte deles relatam que uma viagem, antes prevista para durar apenas duas horas, acabou se tornando uma jornada de nove horas de tensão e desespero.
De acordo com o Mídia News, segundo a jornalista Priscilla Vilela, 26 anos, o voo 2056 partiu de São Paulo às 16h, com previsão de chegada na Capital às 18h05. No entanto, o mau tempo fez com que o pouso da aeronave no terminal de Várzea Grande não fosse possível. Devido a dificuldade para pousar devido ao alagamento da pista, o piloto decidiu ir a Campo Grande (MS) para abastecer, mas os passageiros teriam sido proibidos de descer da aeronave, segundo os relatos, onde o pouso ocorreu às 19h40.
Conforme os passageiros, quando o comandante da aeronave desistiu, pela segunda vez, do pouso em Cuiabá e decidiu retornar para Campo Grande, um raio atingiu o avião, o que aumentou a crise de pânico entre os clientes.
Ao chegarem novamente em Campo Grande, por volta das 22h30, os passageiros teriam sido novamente impedidos de descer da aeronave, sendo que muitos estariam passando mal e se queixando de fome. Segundo Vilela, a tripulação afirmou que não poderia pagar hotel para todos, porque não havia acomodação suficiente na cidade por conta de um evento que ocorria no local, e também não havia como alimentá-los, porque o restaurante conveniado com a empresa, no terminal, estava fechado.
De acordo com a jornalista, eles foram informados de que retornariam à Cuiabá quase meia-noite, mas precisariam aguardar a nova tripulação, que chegaria apenas 1 hora da manhã.
Outro lado- A empresa divulgou nota, onde "esclarece que devido as fortes chuvas em Cuiabá na noite do dia 21 de novembro de 2014, o voo G3 2056 (São Paulo/ Cuiabá) alternou o seu pouso para o aeroporto de Campo Grande. Esta é uma medida que visa, prioritariamente, garantir a segurança de todos".
Disse que em "Campo Grande a companhia não mediu esforços para minimizar o desconforto dos passageiros. Foram realizadas várias tentativas para melhor acomodar os clientes mas, infelizmente, não houve disponibilidade de hotéis na região". Reforçou ainda "que promoveu todas as ações necessárias e só retornou ao destino final na condição total de segurança aos clientes".