Será julgado, amanhã à tarde, em Cuiabá, Júlio César da Silva Souza, 27 anos. Ele é acusado de assassinar asfixiado o professor Pedro Sampaio de Araújo, 52 anos, em agosto do ano passado. O júri será na 1a Vara Criminal da capital e Júlio pode ser condenado por latrocínio, quando há roubo seguido de morte. Araújo morou por muitos anos em Sinop antes de ir para Cuiabá.
De acordo com a versão do acusado, ele foi abordado pela vítima, que “lhe propôs a quantia de R$ 50 para que fizessem um programa sexual”. Já na residência da vítima [no bairro Recanto dos Pássaros], Júlio teria tomado banho, jantado e “como já fazia alguns dias que não dormia, porque fazia uso de drogas”, acabou adormecendo. Quando acordou, segundo ele, “percebeu que estava nu e de bruços e Pedro tentava manter relação sexual com ele”.
Júlio afirmou que ficou nervoso e “diante da insistência da vítima, entraram em luta corporal, até que, em dado momento, conseguiu segurá-la e com as pernas e mãos enforcá-lo”. Ele confirmou que roubou um notebook, um aparelho de celular e um anel de formatura, além do veículo da vítima, utilizado para a fuga.
O réu disse que não tinha conhecimento da morte de Pedro e pensou que a vítima “estava apenas desmaiada”. Antes de sair do local, ele confirmou que amarrou as mãos e pernas do professor.
Pedro Sampaio foi sepultado em Sinop. Uma irmã de Pedro, disse, ao Só Notícias, que ele chegou no município em 1975, com 13 anos. Estudou na escola estadual Nilza de Oliveira Pipino, onde posteriormente lecionou. Ele era formado em letras pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat).
Na época em que foi assassinado, Pedro lecionava em escolas municipais e estaduais em Cuiabá e era concursado do Estado e do município.