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Ibama aplica R$ 200 mil em multas durante operação contra caça e pesca ilegal no Estado

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou a primeira etapa da operação Tabuleiros com o objetivo de impedir crimes de caça e pesca na área da unidade de conservação Refúgio de Vida Silvestre 'Quelônios do Araguaia', localizada entre os municípios de Ribeirão Cascalheira e Cocalinho. Com o apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e do Batalhão da Polícia Ambiental foram apreendidos barcos, armas e carnes de animais silvestres, além da aplicação de quase R$ 200 mil em multas.

Durante a operação Tabuleiros foram lavrados 31 autos de infração. O mais relevante, R$ 125 mil, foi aplicado a um vereador de Ribeirão Cascalheira pela captura de 25 espécimes de tracajás. Ele teve suas embarcações apreendidas e os animais foram devolvidos ao rio. Também foi surpreendido um acampamento de pescadores goianos, das cidades de Edéia e Goiânia, com pescado abaixo da medida e carne de animais silvestres.

As apreensões da operação totalizaram 118 quilos de pescado, 32 quilos de carne de animais silvestres e quatro quilos de ovos de tracajá, além dos 25 quelônios vivos que foram devolvidos à natureza. Também foram apreendidos sete barcos, seis motores de popa e um de rabeta, dois motores elétricos, duas espingardas e munições, um caminhão, uma caminhonete, 2 veículos de passeio, quatro tarrafas e 14 redes de pesca, que somariam aproximadamente 4 km de comprimento. Os petrechos proibidos foram destruídos, bem como a carne animal e o pescado.

O Projeto Quelônios do Araguaia (PQA) é desenvolvido pelo Ibama há 28 anos no rio das Mortes, na região Nordeste. Uma das atividades do projeto é a catalogação das áreas de postura de ovos de tracajás, posteriormente é realizado o monitoramento da desova à eclosão. Paralelamente se fiscaliza a captura de espécimes e ovos por ribeirinhos, comerciantes locais e turistas. A captura e a coleta de ovos em larga escala, além do comércio desenfreado, se mostram como os principais riscos à manutenção do tracajá e da tartaruga-da-amazônia nesta região do Araguaia, que permeia Terras Indígenas, Unidades de Conservação e propriedades particulares.

Segundo o gerente executivo do Ibama em Barra do Garças, Leandro Nogueira, o rio das Mortes e suas lagoas são um importante berçário de diversas espécies de peixe que povoam os rios e garantem o sustento de ribeirinhos da região do Araguaia. “A pesca ilegal rio abaixo diminuiu o estoque de peixes no tamanho permitido para pesca e reflete na alarmante situação de invasão de pescadores à Unidade de Conservação, fato gravíssimo quando pensarmos na manutenção do estoque pesqueiro e nas futuras gerações”.

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