Um grupo de “pais dos alunos da escola Municipal Walter Kunze” está organizando atos públicos para pedir uma solução para a greve dos servidores da Educação. A escola voltou, depois de quase 30 dias de greve, a atender parcialmente ontem. Só Notícias apurou que 50% dos professores estão trabalhando. Alguns desistiram da paralisação e outros não aderiram.
Em nota, o grupo de pais enfatiza a falta de uma perspectiva de solução do conflito a curto prazo e informa que a primeira manifestação será nesta quinta-feira, à partir das 16h, em frente ao Ministério Público Estadual, quando uma comissão falará com um promotor para saber notícias atualizadas sobre os rumos e eventual prazo de finalização da greve. O outro ato público será uma passeata, na sexta-feira, a partir das 17h, no pátio da Catedral. O grupo convida toda a sociedade e pais de alunos de outras escolas em greve para participar.
Os professores entraram em greve no último dia 21. A prefeitura expôs que só negocia se os servidores voltarem ao trabalho e aponta que a adesão ao movimento não é total, calculando que cerca de 6 mil alunos estão sem estudar. Conforme informado ontem, 12 creches voltaram a atender integralmente, assim como seis escolas. Outras quatro unidades voltaram parciamente.
A prefeitura sustenta que está no limite prudencial de gastos com funcionários e não tem como atender agora a equiparação salarial e de carga horária com os servidores estaduais, pois teriam que ser contratados mais funcionários para compensar a redução de horas (de 40 para 30 semanais) que o Sintep cobra, bem como a equiparação salarial. Os da rede estadual trabalham 30 horas e recebem R$ 1.747. Os municipais cumprem 40 horas e ganham R$ 1.697. O Sintep rebate a prefeitura alegando que não quer a equiparação imediatamente e aceita para que comece a vigorar ano que vem e pode ser feita em 3 anos.