Apontado como o trecho com maior índice de acidentes de Mato Grosso, os 285 quilômetros da BR-364, que ligam Rondonópolis ao Posto Gil, concentram 45% dos equipamentos de monitoramento eletrônico do Estado.
A medida é adotada para minimizar o número de acidentes e mortes nas BRs, que na maioria das vezes são provocados pelo excesso de velocidade. Conforme o Departamento Nacional de Trânsito (Dnit), as 6 rodovias federais que cortam Mato Grosso contam com 319 radares instalados em cerca de 5 mil quilômetros.
Destes, 143 estão no trecho entre Rondonópolis e Posto Gil. Como os equipamentos são contabilizados por faixa, em média, as rodovias federais de Mato Grosso contam com 160 pontos de fiscalização. Os contratos firmados em 2010 com as duas empresas responsáveis pelo serviço ainda permitem a implantação de cerca de 30 novos equipamentos. Seis serão instalados na Serra do Mangaval, localizada na BR-070, nos próximos dias.
Superintendente do Dnit, Luiz Antônio Garcia destaca que os contratos foram firmados em 2010, mediante um estudo realizado em 2009, quando a demanda era diferente da atual. “Nova licitação será feita no próximo ano para todo o Brasil”.
Garcia explica que os radares ocupam locais onde a incidência de acidentes é mais recorrente, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). As travessias urbanas são apontadas as áreas mais críticas, diante da concentração do número de pessoas que atravessam a pista.
“A Serra do Mangaval tem se mostrado um ponto crítico. No local foram registrados 3 acidentes graves em poucos dias e entendemos a necessidade de aumentar a fiscalização”.
Aponta ainda que, atualmente, as rodovias federais apresentam bom estado de conservação e sinalização, porém os acidentes não deixam de ocorrer porque a imprudência do motorista continua. “Resolve o problema de conservação das pistas e o motorista encontra margem para criar situações de risco, desenvolvendo altas velocidades”.
Dados da PRF demonstram que em 2013, 296 pessoas morreram, vítimas de acidente nas rodovias de Mato Grosso. Mais de 78% das mortes aconteceram em trechos de pista reta e a principal causa de acidentes foi a falta de atenção (31%). A colisão frontal foi a principal causa de mortes, respondendo por 41% dos óbitos em acidentes registrados durante o ano.