Com aulas de artesanato e costura, as reeducandas da cadeia feminina de Colíder se preparam para entrar no mercado de trabalho quando conquistarem a liberdade. Das 57 internas, oito se dedicam ao trabalho artesanal e já comemoram a possibilidade de conseguir a Carteira de Trabalho do Artesão.
De acordo com o diretor da unidade, Júlio Cezar Pereira, o documento dará a elas o benefício de ter isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Estamos atrás dos últimos documentos das reeducandas para conseguir fazer a carteira. Quando elas saírem daqui poderão começar uma nova vida”, explicou.
A iniciativa, que funciona como terapia ocupacional e remissão de pena, tem ensinado técnicas de costura, bordado e confecção de peças artesanais, além da oportunidade de se profissionalizar. Das mãos das reeducandas saem tapetes de crochê e de malha, bolsas, bonecas e chinelos bordados que são expostos nas feiras da cidade. Além das exposições, as reeducandas também fazem peças sob encomenda.
Há quatro meses o projeto foi retomado na cadeia e já mostra resultados. “Elas estão mais tranquilas. Não tivemos grandes problemas depois que o curso começou. Elas já estão animadas com a possibilidade de diminuir a pena e ainda ganhar uma profissão”.