Em casa e com a mãe, a menina de dois anos e nove meses atacada por um cão da raça pitbull, no início do mês passado, no bairro Benjamim Raiser, ainda está com um curativo na face. Ela carrega as marcas da violenta investida do animal, porém, segundo a mãe, Érica dos Santos Silva, a principal marca deixada na criança não está no rosto. “Ela ficou muito traumatizada, ela não brinca no quintal. As vezes ela sai, vê um cachorro e sai correndo e gritando. Quando sai comigo na rua, fica o tempo todo no colo, se chega alguém em casa, ela corre e se esconde. Ela mudou bastante o jeitinho dela”, disse, ao Só Notícias.
Sobre o tratamento com um psicólogo, Érica, que precisou se afastar do serviço em um frigorífico apenas para cuidar da filha, conta que será iniciado em breve. “Ela passou por uma psicóloga no hospital. A médica conversou uns dias com ela. A orientação é para que quando eu saísse de lá (hospital) era para continuar acompanhando ela e o meu menino de 11 anos, que estava com ela no dia do ataque”.
Ainda de acordo com a mãe, o médico disse que a cicatrização dos ferimentos está indo bem, mas para que o rosto dela fique ainda melhor, será necessário realizar um enxerto. Este procedimento está marcado para a próxima quinta-feira (17). “O médico disse que com o tempo, como ela é muito novinha, não vai ficar muitas cicatrizes”.
Após a próxima cirurgia, a criança ficará internada por mais sete dias e depois irá fazer outro diagnóstico para saber como ficará a situação. A mãe conta que aprendeu muito com a experiência negativa. Grávida pela quarta vez, ela quer dedicar a maior parte do tempo aos filhos. “Eu sou uma pessoa que trabalha o dia todo e de hoje em diante eu não quero mais trabalhar o dia inteiro. Vou cuidar mais dos meus filhos, porque o que eu passei é uma dor que nenhuma mãe quer passar nunca”.