Moradores de Várzea Grande passam a pagar mais caro pelas tarifas de água e esgoto, apesar de os serviços ofertados serem precários e alvos de reclamações há anos, pois a falta de água nas torneiras é um problema frequente em dezenas de bairros. O prefeito Walace Guimarães (PMDB) autorizou o reajuste e justificou que a tarifa praticada para tais serviços encontra-se defasada em virtude dos valores incrementais, bem como a energia elétrica, produtos químicos, e outros insumos comprometendo a regularidade a manutenção, a expansão, e o atendimento que a população exige e merece. As faturas geradas a partir de julho já vão vir com o aumento.
Os valores da água são cobrados de acordo com a categoria que consumidor está enquadrado sendo residencial, comercial, industrial e pública e também com base no consumo por metro cúbico. Na residencial, o valor mínimo será de R$ 1,77 o metro cúbico para quem consome entre 0 a 10 m ³ e é enquadrado no tipo R1. Nesse caso a tarifa do esgoto sairá por R$ 0,84 m³. No tipo R1 que são consumidores que gastam acima de 30 metros cúbicos de água, o valor será de R$ 5,35 m³. enquanto o esgoto sairá por R$ 2,54 m³.
Em sua justificativa, o prefeito ressalta que no período de 2014 com relação a 2013 houve um acréscimo de mais 24,22% de reajuste nos produtos químicos e materiais hidráulicos. Afirma que 60,43% dos consumidores recebem subsídios e não pagam o custo do serviço prestado na sua totalidade e que os saldos negativos do fluxo de caixa, comprometem a qualidade da prestação de serviços, refletindo nos pagamentos das matérias primas e despesas de exploração. O ato que dispõe sobre o reajuste e traz a tabela com os preços dos serviços complementares que também sofreram aumento foi publicado no Diário Oficial dos Municípios nesta quinta-feira (26).
Walace informa que a meta do Departamento de Água e Esgoto (DAE) “é a busca da eficiência da redução das suas perdas, e na ampliação dos investimentos da sua expansão”. Dessa forma, necessita de uma tarifa mais realista voltada para a cumprir tal meta, mas sem promover déficits econômicos, financeiros e orçamentários, de conformidade com a lei de responsabilidade fiscal. Ressalta ainda que também a população não pode ser penalizada com serviço de baixa qualidade em troca de uma tarifa irreais e defasada. Por fim justifica que o último reajuste ocorreu em abril de 2009 e que de lá pra cá a variação do IGPM (FVG) índice que reajusta as tarifas alcançou nesse período 32,67%.
Serviços complementares relacionados ao fornecimento de água e tratamento de esgoto do município também sofreram aumento. Por uma ligação nova de água os consumidores vão pagar entre R$ 71, 98 até R$ 820,57. Em relação ao esgoto, por uma ligação nova os moradores vão pagar R$ 151,16 e se for para reativar uma ligação já existente, gastará R$ 71,98.