Após 34 dias em Cuiabá, 1,6 mil homens das tropas federais que atuaram durante a Copa do Mundo de 2014 deixam a capital mato-grossense sem ter tido a necessidade de empregar a Força de Contingência. O grupo foi formado por oficiais da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, que ainda disponibilizou armamentos e viaturas.
Conforme o general José Carlos Braga de Avellar, comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada e coordenador de Área de Defesa da sede Cuiabá, as Forças Armadas estavam preparadas para qualquer situação limite. Porém, Cuiabá apresentou um momento de tranquilidade, dispensando a necessidade da atuação. “A população da cidade se mostrou ordeira e respeitosa”.
As tropas estiveram presentes, principalmente, nas rotas protocolares por onde passaram arbitragem, delegações e autoridades. Viaturas blindadas foram posicionadas em pontos estratégicos da avenida Miguel Sutil e próximo à Arena Pantanal. Para alcançar os objetivos de defesa na Copa foram realizadas ações de segurança em 64 rotas protocolares, realizadas 36 escoltas, contando com 32 motociclistas, voos com aeronaves militares e a segurança de 9 instalações ligadas a serviços essenciais.
Na avaliação do Exército, a presença em pontos crucias foi fundamental para a percepção de segurança pela população, o que refletiu em queda nos índices de criminalidade durante os dias da Copa na Capital que sediou 4 jogos, entre 13 e 24 de junho.Com a realização do último jogo na Capital, o Centro de Coordenação de Defesa de Área de Cuiabá (CCDA/Cuiabá) encerra as atividades relacionadas à Defesa para a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014 e as tropas que foram deslocadas para Cuiabá voltam a atender seus comandantes e retornam para as suas sedes, seguindo planejamento já em funcionamento.
Avellar destaca que o trabalho foi desempenhado por meio de integração entre as Forças Armadas e a segurança pública. “Outra coisa muito importante foi o tempo de preparo desde que o Brasil foi escolhido para ser sede da Copa. Houve preparo antecipado, individual e coletivo. Isso tornou muito fácil a operação”.
Durante o tempo de permanência na capital, as tropas passaram por treinamento em 10 eixos de atuação: Defesa Aeroespacial e Controle do Espaço Aéreo; Proteção de Estruturas Estratégicas; Defesa Marítima e Fluvial; Cooperação nas Fronteiras; Fiscalização de Explosivos; Segurança e Defesa Cibernética; Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear; Prevenção e Combate ao Terrorismo; Emprego de Helicópteros e Força de Contingência.