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Maníaco da Lanterna está sendo julgado em Alta Floresta

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Começou, por volta das 8h, o primeiro da série de três juris populares de Cláudio de Souza, o Peninha, também conhecido como “maníaco da lanterna”, marcados para este mês. A sessão pode ir até o final da noite. Ele ainda será julgado por outras duas mortes nos dias 23 e 30. Pesam sobre ele, acusações de estupro, assassinato e tentativa de homicídio de pelo menos 12 pessoas, entre 2001 a 2005.

Preso em Cuiabá, onde cumpre pena de 20 anos por outro crime, Cláudio foi recambiado ontem e passa pelo júri popular que deve durar todo o dia. É considerado um dos maiores psicopatas e serial killer do país. Ganhou o apelido de maníaco da lanterna porque que tinha o hábito de focar a lanterna no rosto das vítimas, antes de matá-las e estuprá-las.

O júri de hoje tem como vítima Regina Maria Pereira e ocorreu no dia 21 de abril de 2001. De acordo com o processo , a jovem estava naquela noite na localidade conhecida como Vicinal Primeira Norte, junto com seu namorado, J. C. S., no interior de um veículo, estacionado na estrada. Teriam sido abordados pelo denunciado, que na ocasião usava um chapéu e portava uma lanterna e uma espingarda calibre 20.

A sentença de pronúncia aponta: “Segundo se extrai dos autos, o denunciado a todo o tempo vigiava as vítimas enquanto mantinham relação sexual e, ao abordá-las, determinou-lhes calmamente que saíssem do veículo, bem como que J. passasse para o outro lado de uma cerca próxima dali e se sentasse próximo a um capinzal, ameaçando matá-lo caso não o atendesse.

Quanto à vítima Regina, assim que desceu do carro, o denunciado passou a revistá-la. Após, o denunciado determinou que a vítima com ele mantivesse conjunção carnal. Regina, por sua vez, na tentativa de evitar o estupro, afirmou que teria “AIDS”, tendo o denunciado lhe respondido que sabia que isso não era verdade, pois a vira mantendo relações sexuais com J. Na sequência, o denunciado desferiu um disparo de arma de fogo contra Regina.

Ao ouvir o estampido, J, fugiu do local seguindo pelo Setor Industrial em busca de socorro. Ainda foi perseguido pelo acusado. Conseguiu fugir embrenhando-se no mato e na sequência acionou a polícia. Quando os policiais chegaram no local do crime encontraram Regina ainda viva, caída sobre o solo, com a orelha esquerda amputada, uma lesão de faca na mão esquerda e lesões decorrentes de projétil de arma de fogo na altura do tórax”.

O acusado ainda deixou um bilhete onde estava escrito: “toma traidora”. Regina faleceu no hospital Albert Sabin, devido a choque hemorrágico provocado pelo tiro. Cláudio é réu confesso e foi preso pela primeira vez em 2002, mas fugiu em 2005, ficando foragido por 3 anos. Ao ser recapturado em 2008, voltou a confessar os crimes de homicídio e estupro, sempre na região de Alta Floresta.

Ele ainda é acusado de crimes contra: Geyle da Silva, Maria Célia Silva dos Santos, Sirlene Ferreira de Souza, Luiz Carlos Cavalcanti, Rosimeire Zanco, Armandio da Silveira (latrocínio), Vanda Ribeiro de Souza, Celso Ferreira dos Santos, Regina Maria Pereira e José Carlos Santos.

Apenas 76 pessoas poderão assistir ao julgamento. Só Notícias apurou que serão distribuídas senhas, por onde de chegada. O júri será presidido pela magistrada Janaina Rebucci Dejanett. A acusação será feita pela promotora Liane Amélia Chaves e a defesa do réu ficará por conta de Paulo Roberto da Silva Marquezine.

(Atualizada às 14:01h)

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