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Policiais de MT são treinados para lidar com aglomeração de pessoas sem uso de armas

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Policiais civis e militares participaram de intenso treinamento com técnicas Crossfit, contenção e defesa pessoal, ministrado pelo instrutor Rodrigo Poderoso, com objetivo do emprego da força, sem o uso de violência ou arma de fogo nas ações policiais. O curso foi realizado nesta segunda e terça-feira (5 e 6), na Academia da Polícia Judiciária Civil, visando a preparação de 45 policiais (30 civis e 15 militares) para atuar na Copa do Mundo 2014.

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Henrique Stringueta, disse que a capacitação foi planejada para relembrar aos policiais técnicas de enfrentamento a criminalidade, sem o emprego de armas letais. "Hoje os policiais saem da academia com um baixo conhecimento dessas técnicas e acabam durante sua atividade policial utilizando mais da arma de fogo, do as técnicas, o que acaba trazendo consequências tanto para sua vida profissional e até mesmo a sociedade, quando provoca lesões em pessoas, muitas nem envolvidas na ocorrências, ou até mesmo nos criminosos".

Conforme Stringueta a instrução deverá ser multiplicada a outros policiais que não tiveram oportunidade de participar do curso. "Vamos trazer esses ensinamentos aos policiais para consigam aplicar na prática, especificamente para a Copa do Mundo, e deixando-os como multiplicadores", disse.

No treinamento dividido em duas parte, os policiais foram submetidos no primeiro momento a técnicas Crossfit, que consiste em um treino extremamente intenso, que utiliza peso e resistência para superar desafios. Na segunda parte, os policiais receberam técnicas de abordagem, imobilização e condução. "A priorização dessas técnicas visa a abordagem para a Copa do Mundo, pré-jogo, durante e pós-jogo", disse o professor Poderoso.

A técnica crossfit, usada há cerca de 30 anos pelas forças especiais do Estados Unidos da América (EUA), foi aplicada na preparação de policiais de unidades especializadas da Polícia Judiciária Civil, como a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gerência de Operações Especiais (GOE) e Gerência de Operações Aéreas (GOA), Delegacia Fazendária (Defaz), Delegacia de Entorpecentes (DRE) e outras unidades, além de policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.

O professor Rodrigo Poderoso, que por 3 anos foi instrutor no Exército Americano e coleciona diversos títulos na aérea do esporte, explicou que o exercício crossfit exige preparo físico e psicológico, pois trabalha todos os músculos do corpo, buscando o condicionamento cardiorrespiratório, resistência, força, flexibilidade, coordenação, velocidade, potencia, equilíbrio e agilidade. "Em questões de segundo o policial tem que pular uma cerca, retirar uma pessoa que está fazendo uma algazarra na multidão, usando apenas técnicas de   imobilização e condução para local apropriado, sem entrar em confronto e para isso precisa estar preparado fisicamente", disse.

De acordo com o instrutor, as técnicas de abordagem, imobilização e condução, são procedimentos usados pelas polícias e o Exército americano, onde exige o emprego da força, mas não o uso de violência. " Quando digo o emprego de força você tem que realmente dominar e imobilizar seu oponente, sem necessidade de soco ou chute. É isso que polícia está utilizando e preparando seus policiais para a Copa do Mundo", ponderou Rodrigo".

O promotor do Tribunal do Juri de Várzea Grande, Mauro Poderoso, irmão de Rodrigo, que também fez o curso, transmitiu informações aos policiais para que eles possam construir sua defesa quando chamados para prestar informações de casos policiais trabalhados. "Temos encontrado altos índices de violência e às vezes numa abordagem, não só com a arma de fogo, o policial também precisa estar preparado psicologicamente para enfrentar o meliante. Isso é bom, pois é uma proteção para o cidadão. Eu, do Ministério Público, vim fazer o curso para sentir essa evolução da Polícia Civil, que vem encontro dos anseios da sociedade o de ter uma polícia mais eficiente e preparada para abordagem no seu dia a dia", completou.

Para o investigador Weverson Vieira de Oliveira, da Gerência de Operações Especiais e instrutor de Defesa Pessoal, na Acadepol, as técnicas são muitos empregadas no cotidiano policial para evitar reação do suspeito durante a abordagem policial. "Importante para que possamos dar uma melhor resposta junto as operações do dia a dia e pertinentes a Copa", disse.

Já para o delegado da Gerência de Operações Aéreas, Dinelson Pires, a qualificação dá segurança ao policial para agir. "Principalmente com o currículo do professor Poderoso, traz tranquilidade. Essas  técnicas aqui ensinadas realmente são efetivas", declarou.

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