O tesoureiro da Associação dos Produtores da Gleba Barreiro, Luiz Carlos Nardi, informou, ao Só Notícias, que a assembleia para definir o fechamento da praça de pedágio na MT-242, linha Barreiro, foi transferida para outra data. "Recebemos um telefonema da Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana solicitando um prazo até terça-feira (29) para resolver o problema com o governador, que estaria muito ocupado com a visita da presidente Dilma. Mais uma vez seremos tolerantes, mas na quarta-feira (30) teremos uma nova data para debater a pauta".
Conforme Só Noticias já informou, os produtores filiados a associação ameaçam desativar a praça de pedágio, pois o governo do Estado não está devolvendo o dinheiro da cobrança para que possa ser feita manutenção nos cerca de 60 quilômetros pavimentados. "A secretaria já foi comunicada. Desde junho do ano passado que não é feita devolução do dinheiro do pedágio para que possamos fazer a manutenção da rodovia. É vergonhoso isso", desabafou Nardi.
Ele calcula que o Estado deve mais de R$ 1 milhão. A praça de pedágio arrecada em torno de R$ 100 mil mensalmente. "A alegação deles é que o dinheiro vai para a conta única e não fazem previsão alguma. Estamos pensando em acionar o Ministério Público Estadual para possível ação de apropriação indébita", acrescentou.
O segundo passo que os agricultores analisam é propor ação para derrubar a cobrança do Fundo Estadual de Transporte e Habitação Popular (Fethab) no Estado. "O dinheiro não é usado para transporte rodoviário e habitação. Está ocorrendo desvio do objetivo. Não tem gestão no governo do Estado. Arrecadamos, construímos o asfalto, fizemos manutenção, pagamos pedágio e não estamos tendo dinheiro de volta para fazer a manutenção e deixar a rodovia em boas condições. Então, vamos deixar para o governo cuidar e manter a rodovia do Barreiro".
A entidade tem mais de 80 produtores associados. A pavimentação começou em 2005, a partir da BR-163 (próxima ao antigo Posto Fiscal Celeste). O Barreiro é uma das regiões que mais produz em Sorriso, considerada a capital nacional do agronegócio.