A prefeitura de Alta Floresta ainda espera recursos do governo federal com a situação de emergência decretada, no início de dezembro passado, devido ao aumento da população por conta que muita gente veio de outras cidades e Estados para trabalhar na usina Teles Pires, na divisa entre Paranaíta e Jacareacanga (PA). O secretário de Administração, Douglas Luiz Arisi, disse ao Só Notícias, que desde a oficialização, ainda não houve nenhum posicionamento e que também não há prazo. A “angústia” é o município não suportar a demanda, em saúde, educação e moradia por exemplo.
Segundo o secretário, o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em 2010, aponta que a cidade tem atualmente 49 mil habitantes, o que está longe da realidade. “ Hoje há cerca de 70 mil pessoas. Os nossos cadastros nos postos de saúde apontam 64 mil”, declarou, ao avaliar serem poucos os repasses feitos para investimentos no setor diante da demanda.
Na portaria que decretou emergência, a gestão apontou com base em dados oficiais do Sistema de Informação do Ministério da Saúde – SIAB, que no comparativo entre o ano de 2012 e 2013 houve aumento significativo dos serviços realizados na saúde. Entre eles, incremento de 40% no número de internações clínicas; aumento em todos os procedimentos realizados, destacando-se 34% em atendimentos em urgência e emergência.
Na educação infantil municipal é destacado até o ano de 2010 eram atendidos 1.350 alunos, enquanto esta ano, foram atendidos 1.863, gerando um aumento de 38%. A demanda reprimida de 523 alunos e subiu para 763 alunos, gerando incremento de mais de 30% mesmo considerando o aumento de matriculas.
Ainda é destacado que em 2011 havia 1605 famílias sem moradias, estimativa que entre 2012-2013 passou para 3.151, aumento de mais de 96%
Apesar da indefinição sobre os recursos, o secretário afirmou que o prefeito ido a Brasília para articular a liberação. Não foi informado quanto é reivindicado para cada setor.