Cerca de 190 trabalhadores que atuam na obra do Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) paralisaram as atividades hoje, em protesto contra as condições de trabalho no local. A Polícia Militar foi ao local para conter possíveis manifestações. De acordo com um dos funcionários, as reclamações são muitas e incluem atrasos salariais e péssimas condições de higiene. “Aqui falta tudo, não tem água nos bebedouros, os banheiros estão entupidos, e quando a gente pede um vale, negam”, desabafou.
O Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (Sintraicccm) encaminhou as denúncias aos órgãos de fiscalização, à Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) e à empresa responsável pela obra, a Engeglobal. Membros do Ministério Público do Trabalho (MPT) estiveram na obra, esta manhã. O sindicato aponta que faltam sanitários, chuveiros e a comida não seria fornecida em quantidade suficiente para todo a a equipe. Aponta ainda que alguns estão receber horas extras.
O sindicato afirma que esteve reunido com a direção da construtora e estipulou prazo que encerrou no último dia 20, para que apresentasse soluções, porém, nada foi resolvido. O presidente Joaquim Santana ressalta que nem a falta de mão de obra, que chegou a atrasar o andamento da obra, motiva a empresa a cumprir com a legislação trabalhista. Para Santana, a insatisfação dos trabalhadores deve comprometer o andamento da obra.
Com capacidade para abrigar 1,5 mil torcedores, o COT da UFMT, começou a ser construído em 4 de março de 2013. Inicialmente, a obra deveria ser entregue em dezembro do mesmo ano, porém, foi adiada e deve ser entregue entre abril e maio. Valor estipulado da obra é de R$ 15,8 milhões.