Ministério Público, Procon, Câmara Municipal, OAB e Defensoria Pública decidiram, ontem, fazer audiências públicas, em março, para ouvir dos moradores, empresários, dirigentes de associações e entidades os principais problemas no setor de telefonia celular em Lucas do Rio Verde e cobrar providências urgentes das operadoras. Assim como em outras cidades na região Norte e Médio Norte, centenas de clientes de algumas operadoras têm dificuldades para fazer e receber ligações, sinal em muitas delas é ruim, chamadas não se completam ou sofrem interrupções, dentre outros problemas.
O Procon já recebeu, desde janeiro, cerca 120 reclamações apenas contra uma operadora de celular. O segmento é líder em cobranças feitas pelos consumidores. "Precisamos que os consumidores participem das audiências. Quanto mais reclamações tivermos, mais força teremos", conclamou a coodenadora Izabel Ganzer. Nos próximos dias começa um estudo sobre o sistema de telefonia, com mapeamento dos pontos mais críticos e propor melhorias no serviço. Se os principais problemas não forem solucionados pode ser ajuizada ação civil pública. A empresa já foi cobrada, ano passado, para resolver as pendências que persistem até agora.
O presidente da câmara, Airton Callai, crtiicou a falta de qualidade nos serviços oferecidos de uma operadora, cujo número de usuários é maioria em Lucas. "A população é quem paga pelo descaso da empresa. Precisamos reunir o maior número de reclamações e mostrar para a operadora que os problemas são constantes e que afetam a todos. Lucas do Rio Verde cresce diariamente e necessita de mais investimentos também no setor de tecnologia”, cobrou, através da assessoria.
A nível estadual, a Assembleia Legislativa tem uma CPI que está pressionando as operadoras a tomar providências. O presidente, deputado Onandir Bonini (Nininho) cogita até propor ao judiciário a suspensão de vendas de chips (novos números) enquanto o problema não for solucionado. "Os técnicos da CPI já começaram a elaborar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que contará com prazos para o cumprimento das exigências. Caso não haja o cumprimento do acordado, não descartamos a possibilidade da suspensão da venda de chips no estado”, ressalta o presidente".