O sindicato rural enviou ofício ao prefeito Dilceu Rossato (PR) pedido para que seja decretada situação de emergência em decorrência do caos nas estradas e pontes, devido as constantes chuvas no município campeão brasileiro em produção de soja. Com isso os produtores “ganham” apoio em ações de caráter urgente. A solicitação ainda é avaliada. Rossato marcou reunião para esta tard e disse ao Só Noticias, que há tendência de decretar estado de emergência, o que facilitará na contratação de empresas para recuperação dos trechos mais críticos, ou recuperação e construção de pontes sem licitação. "A chuva desta noite agravou ainda mais a situação. Vamos decidir junto com os produtores qual a melhor medida a ser adotada", acrescentou.
No campo, a colheita da soja nos mais de 600 mil hectares cultivados é prejudicada. Cerca de 60% da safra foram colhidos até agora. Além de lavouras inundadas, maquinários acabam ficando atolados, como colheitadeiras e inclusive tratores. Por enquanto não há estimativas de prejuízos.
Pelo menos três estradas que porpocionam acesso a várias fazendas continuam interditadas. O secretário de Transportes, Romélio Gardin, afirmou recentemente que a expectativa é da denominada Travessa Tropical e a Clementino Presse possam ser liberadas o quanto antes. Outra, que liga o município à Tapurah, deve demorar mais. Ela foi interditada após a queda parcial de uma ponte, na quinta-feira (6), no momento em que um caminhão carregado com madeira serrada passava. Neste caso, os municípios firmaram parceria com o Estado para a reconstrução da estrutura, que deve ficar pronta nos próximos dias.
Conforme Só Notícias já informou, quanto às outras duas pontes que também haviam caído nos últimos dias, sendo uma na fazenda Roque Rossato e a outra na Linha Bedin, Romélio ambas concertadas. A do rio Lira, no bairro Boa Esperança, que estava bloqueada porque o nível do rio subiu muito e a água atingiu a estrutura recentemente, está liberada para o tráfego também.
A situação, no entanto, continua complicada na MT-443, que estava bloqueada em pelo menos três pontos devido a atoleiros. O secretário explicou que em dois foram eliminados faltando apenas o trecho nas proximidades da fazenda Cella, que liga a estrada à linha Tropical e também dá acesso à estrada do Barreiro.
Educação – A prefeitura suspendeu o transporte de alunos que estudam na zona rural do município. Os casos mais graves são na região Caravágio, Boa Esperança, Morocó, Poranga, Barreiro e Vale do Verde. A confirmação foi feita, ao Só Noticias, pela secretária municipal de Educação, Silvana Faccio, que estima mil estudantes fora da sala de aula.
"Não há a mínima condição de segurança no transporte desses alunos. São pontes com risco de queda, rios muito cheios e atoleiros", afirmou Faccio. Ainda de acordo com ela, "as escolas estão passando trabalhos para que não os alunos não sejam prejudicados".
(fotos: assessoria)
