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Cuiabá: ameaça de ataque do PCC pode ter sido uma brincadeira

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As ameaças de ataques criminosos anunciados para este fim de semana, em Cuiabá, por meio do aplicativo de celular do WhattsApp, podem fazer parte de uma brincadeira de mau gostou, mas também não descarta-se a possibilidade de um “marketing criminoso” do Primeiro Comando da Capital (PCC) para dar visibilidade ao nome da organização criminosa no Estado. O texto que circula no aplicativo afirma que a capital será atacada pelo grupo, que vai direcionar ainda ações contra a Segurança Pública (Polícia Militar, Guarda Municipal, Polícia Judiciária Civil, entre outros).

Para o promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), nenhuma possibilidade está descartada, embora ele afirme que o PCC costuma atacar primeiro e assumir a autoria depois. O “marketing criminoso” chamaria atenção da população para a organização, que em outubro do ano passado foi alvo de operação do Gaeco para desmobilização do PCC em Mato Grosso. Castro relata que as quadrilhas funcionam como empresas. Quando uma se destaca mais, a outra busca meios de chamar a atenção.

Embora exista um monitoramento dessas mensagens, o promotor frisa que o arquivo se transformou em um “viral”, disseminado rapidamente, o que dificulta encontrar o ponto de partida. “São muitas as possibilidades, inclusive uma brincadeira de mau gosto, que tomou essa proporção”.

O promotor não descarta ainda a possibilidade da divulgação inadequada de informação durante uma interceptação de agentes infiltrados nas unidades prisionais, que são monitoradas. Independente da situação, Castro garante que nenhuma investigação em andamento no Gaeco será suspensa ou paralisada em decorrência deste alerta.

Diante de toda repercussão do alerta, o Ministério Público do Estado (MPE) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ) emitiram documentos recomendando aos procuradores, promotores e magistrados que tenham cuidado durante o final de semana.

Dois ofícios internos do Poder Judiciário também veiculam pelo WhattsApp. Por meio de nota, o TJ informou que não vai apurar o vazamento dos documentos.

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