Cerca de 90 pessoas que aguardavam para viajar de São Paulo à Cuiabá, ontem à noite, tiveram que dormir no chão do aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. O motivo teria sido um atraso seguido pelo cancelamento do voo 3630, da TAM. Uma advogada do município de Juara, que aguardava pela viagem juntamente com dois filhos, afirmou que o voo estava marcado para 21h30. Próximo do embarque, os passageiros foram avisados do atraso e, às 22h25, entraram na aeronave.
“Já dentro, fomos informados pela tripulação que a aeronave não poderia decolar, sob a alegação de que o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, estava fechado. Saímos do avião e fomos colocados em um corredor, onde sequer havia cadeiras suficientes para acomodar todos os passageiros. Somente depois de muita discussão, foi que providenciaram mantas para que as pessoas pudessem dormir no chão”, relatou Katya Regina Novak de Moura, ao Mídia News.
De acordo com a advogada, entre os passageiros haviam um cadeirante, crianças de colo e uma senhora com bronquite alérgica, que foi encaminhada para um depósito. “Ela, assim como todos, estavam com frio, porém, doente. Só que ela não foi encaminhada para outro espaço mais confortável e sim para um depósito”, disse. Também estava no voo o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), que confirmou as informações da advogada.
“Estava também acompanhado do deputado estadual Mauro Savi (PR) e ficamos da noite de ontem até a manhã de hoje esperando. A TAM não forneceu alimentação e nem hospedagem. Apenas cobertores e as pessoas dormiram no chão”, esclareceu ao Mídia News. Após passarem a madrugada inteira no Aeroporto de Guarulhos, Katya e Guilherme Maluf afirmaram que o voo foi reprogramado para às 5h15 desta quarta-feira (15) e chegou em Cuiabá às 7h35. Ambos não descartaram entrar com uma ação contra a companhia aérea.
Por meio de nota, a TAM afirmou que o atraso se deu devido às obras de reforma e ampliação no Aeroporto Internacional Marechal Rondon e por questões meteorológicas. A companhia também informou que não providenciou acomodação aos passageiros afetados porque as redes hoteleiras parceiras não tinham vagas disponíveis.