O Portal do Observatório de Gestão (OG), ferramenta implantada para subsidiar as decisões governamentais, deve ser apresentado ao governador Pedro Taques na próxima semana. Até o momento, já foram cruzados e estão prontos para uso informações de seis secretarias. A meta é que governador e secretários possam usar as informações estratégicas do portal do observatório já no início de 2016.
Nesse primeiro ano de governo, o observatório cumpre o papel de promover o cruzamento de dados das pastas de Educação, Saúde, Segurança, Logística e Infraestrutura, Fazenda e Planejamento. O desenvolvimento do portal iniciou em junho, antes foram feitas as articulações e ações institucionais junto às secretarias para cooptação dos dados.
“O Estado de Mato Grosso precisa de ferramentas eficientes de gestão e o Observatório é uma delas. Ele tem duas funções específicas, primeiro cooptar dados de todas as secretarias e unidades e, com isso, criar um banco de dados e informações precisas, para que o gestor, no caso o governador e secretários, possam cruzar informações e tomar a melhor decisão”, explicou o vice-governador Carlos Fávaro.
Também será criada a sala de situação, uma estrutura montada para monitoramento, acompanhamento, operacionalização e também apresentação do observatório ao governador e secretários. A sala deve ser licitada até final de março de 2016, de acordo com o gestor do projeto, Sandro Araújo.
Esse espaço subsidiará o portal do OG, que dará acesso às informações estratégicas o governo. Os dados classificados como públicos pelas respectivas pastas serão disponibilizados no Portal da Transparência, que está sob coordenação do Gabinete de Combate à Corrupção.
De acordo com o vice-governador, a intenção é que esses dados sejam também disponibilizados pelas secretarias em suas estruturas, além de painéis na entrada do Palácio Paiaguás para que o cidadão tenha acesso às informações do andamento do governo e estatísticas do Estado.
O sistema do portal foi desenvolvido com tecnologia totalmente gratuita, portanto não foi necessário fazer licitações, nem adquirir produtos para consolidar este serviço. Conforme explicou o gerente técnico do projeto, Ricardo Carvalho, até o momento o observatório custou apenas R$ 12.500 reais aos cofres públicos, gastos em formação de pessoal – em sua totalidade servidores públicos de carreira – que irão ficar na equipe de trabalho multidisciplinar permanente.
“É um portal de gestão do conhecimento gerencial do Estado. Cruzamos aqui informações de várias naturezas, uma vez que nos somos os gestores de um território, tudo que nós fazemos tem que ter forma de uma representação geográfica”, esclareceu Carvalho.
O novo portal, no entanto, não se confunde com uma ferramenta de transparência. Isso porque os requisitos da transparência pública são definidos por lei, enquanto que do ponto de vista do portal a perspectiva é de correlação, apresentando os dados de forma que seja possível relacionar educação com segurança, saúde com transporte, entre outros cruzamentos.
Ainda segundo o gerente técnico, o Observatório nunca estará completo, pois na medida em que as demandas da população mudam, as perspectivas econômicas e factuais se alteram, e assim a dinâmica de atualização de dados nunca chega ao fim.