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Mobilidade urbana e planejamento de Cuiabá não atendem Plano Diretor

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Arquitetos e urbanistas apontam que a capital mato-grossense experimenta o acúmulo de ações sem planejamento urbano devido, causa de problemas com água, esgoto, e principalmente mobilidade urbana. A discussão sobre o patamar de qualidade de vida que Cuiabá oferecerá quando chegar ao seu tricentenário, data simbólica que se aproxima, aconteceu na noite desta quinta-feira (10.12) na comemoração do Dia do Arquiteto promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/MT).

“Vivemos um momento em que muitas das nossas cidades beiram o caos. Passamos 50 anos sem criar os nossos conselhos de arquitetura, e as cidades foram se formando. Um trajeto que antes demorávamos 10 minutos para nos locomover seja de transporte público ou carro, agora levamos 30 minutos, e no futuro vai demorar uma hora. Isso tudo tem um custo pago pela sociedade”, explica o presidente do CAU/MT, Wilson Andrade sobre o papel da categoria, que deve ser organizada para passar informações para quem vai tomar as decisões políticas sobre a nossa cidade.

Para José Antonio Lemos, arquiteto e conselheiro do CAU/MT, um aspecto negativo para toda a região metropolitana de Cuiabá foi a extinção do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU) em 2007, tendo tomado o seu lugar o Conselho Municipal de Desenvolvimento Estratégico (CMDE) pela Lei Complementar n.º 150/2007, Lei do Plano Diretor.

“Não estamos vivenciando só um problema de transito, ou de água, ou de déficit de moradias, temos que ver a cidade com uma visão holística, como um todo. Esse seria o papel deste conselho municipal extinto. É o conjunto de todos esses fatores, e todas as ações equivocadas que viemos tomando em todos estes anos que ocasionou o que estamos vivenciando”, acredita Lemos.

Professora de arquitetura da Universidade Federal de Mato Grosso, Doriane Azevedo, ressalta ainda as modificações recentes na Lei de Uso e Ocupação dos Solos, Lei 231/2011, sancionadas este mês de novembro. A abertura de vagas de estacionamento nas ruas do centro histórico da capital, por exemplo,  contrariando o Plano Diretor, é um fator apontado como controverso pela especialista, uma vez que a prioridade do município deveria ser a mobilidade urbana de qualidade.

Presente na discussão Cuiabá 300 anos, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Luiz Henrique Lima, afirma que os desafios apontados devem ser perseguidos pela categoria, e vê com olhos positivos a iniciativa do Conselho de liderar o debate, exercendo o seu papel institucional. “Quando eu ando nas ruas de Cuiabá eu não percebo a beleza dessa história, porque ela está sufocada pelos problemas estruturais”, relata o conselheiro que mora a sete anos na capital.

Malu Brandão se define como usuária de transportes alternativos, ciclista, pedestre, e aponta que evita utilizar o transporte coletivo devido a má qualidade dos ônibus. “Esta seria a minha opção se fosse um transporte confortável. Morei em outras capitais brasileiras, outro país, e sempre utilizei metrô e ônibus com tranquilidade”.

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