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Analfabetismo atinge 7,9% da população de Mato Grosso

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O número de pessoas não alfabetizadas em Mato Grosso chegou a 256 mil no ano passado e corresponde a 7,9% da população mato-grossense. Setenta e um por cento desses analfabetos estavam na área urbana do Estado e a maioria, cerca de 36%, está na faixa etária acima de 60 anos. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme o levantamento, 2.740 milhões de pessoas eram alfabetizadas no ano passado. A maior taxa de alfabetizados está entre 30 a 49 anos.

Os dados do Estado apontam ainda que 55% dos analfabetos naquele ano eram homens, enquanto as mulheres correspondiam a 44%. As faixas de idades com o maior números de analfabetos são do cinco aos seis anos, com 23,4% e acima dos 60 anos.

De acordo com o presidente do Sindicato do Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, o problema do analfabetismo é do Brasil e não apenas do Estado. Segundo ele, essa taxa, que é considerada grande, é resultado de anos da descontinuidade de políticas de educação. “Nós tivemos aí governos que não tinham a educação como prioridade e temos, então, o reflexo disso”. Lopes lembra que enquanto muitos países entraram no século XX com a taxa de analfabetismo quase zero, o Brasil não conseguiu superar o problema.

Apesar do cenário negativo, o sindicalista aponta para mudanças positivas nos próximos anos, como consequência de alterações já vividas. “Em 1996 a escolaridade obrigatória era dos sete aos 14 anos, hoje isso mudou. Agora a obrigatoriedade é dos quatro aos 17 anos”. Essa realidade pode ser vista na pesquisa que apontou que 73,7% das crianças de quatro e cinco anos estavam na escola em 2014.

Lopes destaca que Mato Grosso precisa rever as políticas públicas de ensino e identificar onde estão esses não alfabetizados que precisam ser alcançados. Além disso, ele lembra que é preciso investir mais em educação e repensar o modelo de ensino com educação integral e de qualidade. “Hoje nem 3% do Produto Interno Bruto do Estado é investido em educação. Isso precisa mudar em um Estado que diz que educação é prioridade”.

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou, por meio de nota, que não havia analisado os dados com profundidade, mas reconheceu que os números do analfabetismo em Mato Grosso são alarmantes tendo em vista outros dados já conhecidos pelo Governo. A Seduc ressaltou ainda que há uma meta para alfabetizar cerca de 100 mil pessoas nos próximos três anos no Estado.

O secretário-adjunto de Política Educacional, Gilberto Fraga reafirmou a necessidade de implementação de políticas públicas para mudar a situação e citou como exemplo que a redução do analfabetismo em Mato Grosso é uma das prioridades no Plano Plurianual (PPA) do governo. Uma das ações envolve a parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), municípios e organizações da sociedade civil, que tem como objetivo alfabetizar 100 mil jovens e adultos, nos próximos três anos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino em Mato Grosso (Sintep), Henrique Lopes, lembrou que se a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014 mostrou o número de analfabetos literais, é preciso ainda que o Estado se atente para o analfabetismo funcional. “O número de analfabetos funcionais pode ser ainda maior e são aquelas pessoas que sabem ler e escrever, mas não sabem interpretar”. Essa realidade, segundo ele, só pode ser mudada através da qualidade no ensino.

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