Os servidores do judiciário federal em Mato Grosso encerraram a greve de 118 dias e retornaram ao trabalho, ontem. No entanto, a categoria se mantém mobilizada e pressionando o Congresso Nacional para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff ao Projeto de Lei 28/2015 que aumenta os salários da categoria. O aumento varia de 53% a 78,56%, dependendo da classe e do padrão do servidor.
Os trabalhadores defendem o projeto apontando que elas recompõem as perdas inflacionárias de janeiro de 2007 a abril deste ano. A variação do INPC de janeiro de 2007 a abril de 2015 foi de 64,55%, e os servidores do judiciário federal tiveram apenas um único reajuste em nove anos, sendo este de 15,8% equivalente a dois anos de inflação.
“Portanto, desses sete anos de inflação ficou uma defasagem salarial de 48,75%, e a recomposição dessa perda inflacionária é a pauta reivindicatória que motivou a greve. A greve acabou mas a mobilização continua, porque o Congresso Nacional ainda não realizou a sessão para apreciação do veto ao PLC 28/2015”, diz uma nota no site do sindicato da categoria.
"Se tiver sessão no Congresso e a votação dos vetos for agendada voltaremos a Brasília em qualquer período. Vamos manter toda pressão em cima dos deputados, senadores e líderes de bancadas", disse, por meio da assessoria, o diretor do Sindijufe-MT, Pedro Aparecido de Souza.