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Sinop: sem local para destinação, empresas de locação de caçambas têm prejuízos e preços sobem

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A decisão judicial que, desde o dia 1º, proíbe o depósito de resíduos em lixões irregulares no município também tem afetado as empresas de locação de caçambas para transporte de entulhos. Um empresário do setor, que preferiu não se identificar, informou, ao Só Notícias, que a falta de uma área para recebimento dos materiais tem causado prejuízos e que o preço pelos serviços já registrou aumento nos últimos dias. “Eu tive uma queda de 90% nas locações desde o último dia 30. Sei que, em breve, vou ter um custo para despejar estas caçambas em uma área licenciada, por isso, já estamos embutindo R$ 25 a mais no preço do metro cúbico”, explicou.

Segundo o empresário, a solução temporária é receber apenas materiais selecionados, como podas de árvores, por exemplo. “Este lixo misturado a gente recebeu e manteve no pátio, até ‘esgotar’ todas as caçambas. Agora, só pegamos material para o qual que se consiga uma destinação. Por exemplo, resíduos de madeira podem ser levados para utilização em uma fornalha. Folhagens podem virar adubo orgânico, e assim por diante”.  

Anteriormente, as empresas despejavam os resíduos em uma área às margens da estrada Adalgisa. Agora, deverão procurar, por seus próprios meios, uma área licenciada ambientalmente e arcar com os custos. Para o empresário, a medida aplicada pela justiça foi correta. “Antes, o lixo era simplesmente despejado naquele local, sem nenhum critério. Sou favorável (à decisão). Tem que haver esta pressão, pois, de outra forma, não se resolve nada. Acredito que quem produz o lixo tem que ficar responsável pela destinação. Tem que reciclar”.

A secretária municipal de Meio Ambiente, Cristina Ferri, confirmou que a prefeitura não será mais responsável por receber os resíduos e disse que os empresários do setor ficarão encarregados de encontrar uma maneira para resolver a questão. “A gente auxiliava com aquela área e agora não podemos mais receber. Estamos procurando uma área licenciada para os resíduos da limpeza urbana feita pela prefeitura. Até estamos analisando um local para que, de repente, uma parceria seja feita. A orientação que a gente dá aos geradores é que aguardem o licenciamento ou busquem um local já licenciado”, afirmou.

A ação que culminou com o fechamento dos lixões foi proposta pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 2014, após várias tentativas por parte do órgão de firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura. O juiz da 6ª Vara Cível, Mirko Vicenzo Gianotte, acatou o pedido e determinou que todos fossem lacrados, sendo que que a prefeitura deveria providenciar uma forma de transportar todos os resíduos do município para uma área licenciada.

Na semana passada, os lixos domésticos chegaram a acumular nas ruas após a prefeitura suspender a coleta por não ter onde depositar o material. O magistrado então deu um prazo de mais 55 dias para que a prefeitura faça licitação, contrate uma empresa especializada neste tipo de serviço e dê uma destinação aos resíduos. 

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