Em revisão de projetos do programa Pró-Estradas, o governo do Estado constatou a possibilidade de economizar R$ 41 milhões. Os recursos seriam usados para a construção de pontes de concreto em locais que bueiros celulares poderiam resolver o problema. O governador Pedro Taques determinou a revisão de todos os projetos do programa para garantir economia na execução das obras.
A constatação foi feita a partir de levantamento produzido pela empresa gerenciadora de obras, contratada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). Os estudos foram feitos na revisão da fase 1 do programa MT Integrado, que hoje foi incorporado ao Pró-Estradas que trata da construção, reconstrução e manutenção das rodovias estaduais pavimentadas e não pavimentadas. Nesta primeira fase, a gerenciadora das obras fez um estudo hidrológico em 127 pontes, sendo que 33 podem ser substituídas por bueiros celulares que são mais simples e tem um custo menor que as pontes de concreto.
“Essa é uma ação do Estado para garantir que a população tenha uma obra de qualidade a um preço justo. Onde for possível fazer essa substituição será feito. Com R$ 41 milhões em caixa dá fazer muita coisa. Daria, por exemplo, para ligar Santo Afonso a Tangará da Serra e tirar do isolamento social as pessoas que ali vivem”, afirmou Pedro Taques.
Em uma das pontes, na MT-100 entre Barra do Garças e Alto Araguaia, o Governo do Estado gastaria R$ 2,661 milhões para fazer a obra de 40 metros. Próximo ao local, uma outra ponte seria construída e foi orçada em R$ 2,437 milhões e mais uma terceira ao custo de R$ 2,079 milhões. “Veja que somente neste trecho da MT-100 seriam gastos mais de R$ 7 milhões sem necessidade, por isso defendo a revisão de projetos e contratos”.
A inclusão das pontes desnecessárias nos projetos do MT Integrado acendeu a luz vermelha do Governo do Estado e todos os projetos feitos na gestão anterior serão revisados pela nova empresa gerenciadora. Na próxima etapa, 97 pontes de concretos serão revisadas.
O programa Pró-Estrada tem como meta a construção de 500 novos quilômetros de estradas até final de 2015 e a reconstrução de outros 1.500 km de rodovias, além da manutenção dos pavimentos que foram recebidos degradados pela atual gestão.