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Sorriso: juíza acata denúncia contra acusados de assassinar adolescente e recém-nascido

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A juíza da Quinta Vara de Sorriso, Emanuelle Chiaradia Navarro, acatou a denúncia ofertada pelo Ministério Público Estadual contra dois acusados de matar a adolescente Gislaine Garcia, 15 anos, e seu filho, de apenas seis meses. M.W., 18 anos, vai responder, duas vezes, por homicídio, duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas). Ele responde ainda, junto com o outro suspeito, pelo crime de ocultação de cadáveres.

Ambos continuam presos no presídio Capão Grande, em Várzea Grande, onde foram notificados na semana passada. Foi estipulado prazo de dez dias para resposta às acusações. A juíza aguarda também os laudos periciais e exames de corpo de delito realizados nas vítimas.

Conforme Só Notícias já informou, o delegado responsável pelo caso, Bruno Abreu, explicou que o jovem M.W., 18 anos, poderá ter a pena aumentada caso seja comprovado que o bebê de seis meses assassinado, seja realmente seu filho. M.W., acusado de ser o mentor dos assassinatos, já havia completado 18 anos no dia 20 de maio de 2014, data em que as vítimas desapareceram. Segundo o delegado, ele vai responder aos crimes como adulto. O segundo envolvido, que tem também 18 anos hoje, cumprirá medida socioeducativa pelo duplo homicídio, mas também responde como maior de idade pela ocultação de cadáver. Já o terceiro acusado ainda é adolescente e deverá permanecer internado, no Centro Socioeducativo de Cáceres.

Os restos mortais de Gislaine e do bebê foram encontrados, no dia 19 de agosto deste ano, em uma região de mata nas proximidades do bairro União. A mãe de Gislaine compareceu na delegacia e apresentou fotos da filha e do neto apontando um boletim de ocorrência registrado no ano passado sobre o desaparecimento de ambos. Ela teria apresentado uma lista de ligações que acabaram levantando suspeitas. Uma destas ligações era para M.W., ex-namorado da vítima e suposto pai da criança.

A mãe, conforme a polícia, estranhava o relacionamento da filha com o acusado, visto que o mesmo nem chegou a registrar a criança. Durante as investigações, foi descoberto o envolvimento de dois adolescentes no caso. Todos acabaram encaminhados à delegacia e confessaram o crime indicando o local onde a jovem estava enterrada.

Uma testemunha ainda relatou aos policiais que o suposto mentor confessou que armou toda a trama para “dar um fim” na jovem e no bebê, que seria seu filho, pois não queria ser pai naquela idade. Os demais envolvidos disseram que M.W. disse para eles irem até o local e pouco tempo depois chegou com Gislaine e a criança. Em seguida, M.W. teria estrangulado primeiramente a criança, depois a jovem e, em seguida, os acusados enterraram ambos.

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