A nova sede da Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE) será inaugurada, esta tarde. A unidade está instalada em uma casa com amplo espaço para atender a demanda, área para estacionamento e apreensões, localizada na rua Havana, no bairro Jardim das Américas.
A delegacia foi reativada no dia 19 de dezembro de 2008, após cerca de dois anos desativada, e passou a funcionar em um prédio, no bairro Bandeirantes. Mas o espaço ficou pequeno para a demanda e a delegacia foi transferida para o novo endereço em julho deste ano.
Nos primeiros seis meses deste ano, a DRE superou quase todo o ano passado na instauração de inquéritos policiais, com incremento de cerca 200 novas investigações. Até junho eram 431 inquéritos, contra 559 referentes a todo o ano de 2014. No semestre, foram detidos pela delegacia 63 traficantes, sendo 21 autuados em flagrante e 42 por mandados de prisão.
A unidade também recebeu de plantões de Cuiabá e Várzea Grande procedimentos de prisão em flagrante de 463 pessoas, detidas por tráfico drogas. Neste ano, até junho, foram registradas 986 ocorrências de tráfico de drogas na região metropolitana.
As apreensões de entorpecentes também dobraram no primeiro semestre de 2015, se comparadas ao ano de 2014. Em Mato Grosso, somente nos seis primeiros meses foram apreendidas mais de quatro toneladas de entorpecentes. A quantia é 12% maior que o total apreendido em 2014, quando a Secretaria de Segurança totalizou 3,6 toneladas. As ações são oriundas de investigações da Delegacia de Entorpecentes, delegacias do interior do Estado, ações da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária Federal e troca de informações entre as instituições, sobretudo, com a Polícia Federal.
De acordo com o delegado titular da DRE, Juliano da Silva Carvalho, não houve aumento do tráfico de drogas. O que cresceu foram as apreensões, fruto da integração das instituições dentro da nova política de Segurança Pública e mudança de metodologia de trabalho da Polícia Civil e demais órgãos. "Tivemos um incremento do efetivo nos locais certos, com análises de inteligência nas regiões do tráfico. Com isso conseguimos identificar novos autores e rotas. Fortalecemos pontos estratégicos e estamos mais próximo da Polícia Federal na troca de informações".
A DRE trabalha com um efetivo de quatro delegados, sendo Juliano Silva de Carvalho o titular e os adjuntos Anamaria Machado Costa, Luiz Henrique Damasceno, Cley Celestino Batista; além de oito escrivães de polícia e 22 investigadores.
Em 2006, a Delegacia de Entorpecentes foi desativada e o trabalho de repressão passou a ser realizado pelos Centros Integrados de Segurança e Cidadania, os antigos CISC. Em 2008, a Segurança Pública entendeu que era necessário centralizar as informações sobre o tráfico de drogas, proporcionando eficiência e maior eficácia nas investigações, e reativou a DRE.