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Secretaria estadual é notificada para conter risco de novo “colapso” em estrutura de aeroporto

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O Ministério Público Federal recomendou à Secretaria de Estado de Cidades para que tome providências quanto a continuação das obras de reforma e ampliação do aeroporto Marechal Cândido Rondon, em Várzea Grande. Com base em laudos da perícia do Ministério Público da União, a Procuradora da República Denise Rocha Slhessarenko cobrou a execução de “medidas emergenciais a fim de conter o risco de novo colapso das estrutura do terminal de passageiros”, que teve queda parcial do teto em novembro do ano passado. As obras deveriam ter sido concluídas antes do Mundial de Futebol.

No documento, a Procuradora reforça que após três vistorias, a perícia do MPU constatou a iminência de novo incidente, com poucas alterações feitas, sendo concluído no “projeto de ampliação do terminal de passageiros, pelo dimensionamento estrutural insuficiente do material do forro metálico e dos painéis de alumínio composto para resistir a cargas aplicadas, entre as quais a de vento”; pelo acúmulo de resíduos de obra deixados na cobertura do TPS, que poderiam entupir o sistema de drenagem ou ir para o pátio de aeronaves, taxiways ou pista de pouso, podendo ser sugados pelas turbinas das aeronaves e causar acidentes”.

Ainda é destacada a conclusão “por danos no telhado de cobertura da ampliação do TPS, concernentes à época de execução da obra, o que levaria à infiltração da água da chuva e prejudicaria o isolamento termo-acústico do material”. É também frisada falha “pela execução ineficiente ou diversa do projeto e especificações na fixação das placas de alumínio composto e na aplicação de material selante, quando houve”. Consta “o risco de novo desplacamento caso ocorra evento semelhante ou de magnitude inferior devido às avarias já sofridas no forro metálico de ampliação do TPS”.

A Procuradora também considerou a assinatura em 14 de maio de termo aditivo que prorroga o convênio firmado entre o governo de Mato Grosso e a Infraero referente às obras e serviços de reforma e ampliação por mais 12 meses, incumbindo ao Estado, nos 60 dias, a solução das pendências administrativas, técnicas e financeiras para a assunção definitiva da gestão da execução das obras.

Na semana passada o aeroporto manteve o título de pior do Brasil. Com 3,35 de nota, a unidade está na última colocação na avaliação trimestral feita pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. Passageiros entrevistados avaliaram indicadores atribuindo “notas” de 1 a 5 para cada um deles, sendo 1 a menor nota possível e 5 a maior nota possível, assim classificadas: 1 (muito ruim), 2 (ruim), 3 (regular), 4 (bom), 5 (muito bom). Entre os indicadores analisados estão o tempo de fila para inspeção de segurança, qualidade da internet/ Wi-Fi e limpeza dos sanitários.

Outro lado – nesta semana o secretário Eduardo Chiletto deu prazo ao consórcio de empreiteiras responsável pelas obras apresentar a garantia contratual, 10% do investimento previsto para caso não sigam com os  trabalhos o governo faça rescisão do contrato e tenha condições de tocar as ações. A ação pode chegar a Justiça.

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