Um estudo realizado nas cabeceiras dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal aponta que 28% dos 23 mil hectares dessas nascentes precisam urgentemente de intervenção para recuperação florestal. O levantamento apresentado, ontem, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) integra um conjunto de 34 ações de desenvolvimento sustentável do 'Pacto das Cabeceiras', assinado em junho pelo Governo do Estado e prefeitos de 25 municípios que abrangem as cabeceiras do Pantanal, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Também integram a iniciativa entidades civis e outras sete secretarias de Estado.
Para a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, o próximo passo é elaborar um plano de trabalho, em que a Sema e a equipe do pacto traçarão as ações prioritárias. “A partir de agora vamos ter mais clareza de onde começar o trabalho de recuperação, que sem dúvida deverá incluir o envolvimento da comunidade”. Outra etapa importante destacada pela secretária é a viabilização de recursos para a execução do projeto. “O ideal é que a gente consiga captar o recurso adequado para colocar a ação de reflorestamento em prática o mais breve possível.”
Como proposta para minimizar o impacto financeiro no trabalho de reflorestamento, o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (Cepan), empresa executora do estudo, sugere a criação de uma cadeia produtiva, na qual os 25 municípios que compõem o ‘Pacto das Cabeceiras’ atuarão como peças chaves para a restauração das nascentes. De acordo com a pesquisa, é preciso 17 viveiros trabalhando a todo vapor para alcançar a produção de 11 milhões de mudas para a recuperação ecológica das quatro nascentes. E, segundo o coordenador geral do estudo, Severino Ribeiro, essa é uma oportunidade para ter um mercado florestal de base comunitária.