O delegado titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (DERF), Marcelo Carvalho, concluiu, há poucos dias, o inquérito policial sobre o latrocínio do empresário sinopense Paulo Terão, 46 anos. “Foram anexados todos os laudos, o relatório de inteligência e o pedido de indiciamento do último envolvido. No total, seis foram indiciados por associação criminosa armada e roubo seguido de morte. Dois deles, no entanto, já foram identificados em outros dois assaltos do ano passado”, afirmou, ao Só Notícias.
O delegado disse ainda que, apesar de não ter sido possível apontar com exatidão, acredita que os criminosos não estavam monitorando o empresário. “Eles tinham uma encomenda e iriam trocar o veículo por drogas na Bolívia. Acredito que não receberam ordens para roubar, especificamente, a caminhonete do Paulo. Inclusive, ficou demonstrado que eles já tinham a encomenda de outras quatro caminhonetes, que também seriam levadas para o país vizinho. Evitamos, com o desbaratamento da quadrilha, o roubo destes veículos. Eles estavam por trás destes crimes no município. Após a prisão, não houve mais este tipo de ocorrência”, explicou Marcelo.
Logo após serem presos, os criminosos negaram que tenham matado o empresário e alegaram que este se jogou do veículo em movimento. Porém, de acordo com o delegado, Paulo foi morto a coronhadas. “Temos provas de que, em momento algum, a caminhonete diminuiu a velocidade. Ou seja, se ele tivesse se jogado, teria se ferido muito mais. Portanto, a nossa tese é que eles desferiram várias coronhadas na vítima, talvez até para desmaiá-la, e acabaram a matando por traumatismo craniano”.
O inquérito policial foi encaminhado para o Ministério Público Estadual que, a partir de agora, analisa se denúncia os últimos dois indiciados. Dos seis, quatro já foram denunciados.
Conforme Só Notícias já informou, um dos supostos envolvidos negou que tenha recebido a ordem de um criminoso, que está em um presídio, para roubar a caminhonete do empresário. O acusado disse que não conhecia a vítima e não houve planejamento sobre o roubo. Os demais presos negaram qualquer tipo de participação no crime.
Paulo foi dominado quando chegava em sua residência, no bairro Setor Industrial. Um criminoso assumiu a direção e levou o empresário junto. O corpo do Paulinho, como era popularmente conhecido, foi encontrado horas depois às margens da BR-163, nas proximidades do posto da PRF em Sorriso. Ele apresentava um afundamento de crânio.
A caminhonete tinha rastreador e acabou sendo abandonada em Lucas do Rio Verde. A atuação conjunta das delegacias de Polícia Civil, serviço de inteligência e cúpula da segurança resultou na prisão dos envolvidos em cinco dias após o crime que revoltou a sociedade sinopense. Os suspeitos foram presos em Nova Mutum e Sinop.