Servidores públicos federais iniciaram, ontem, a greve em vários órgãos em Mato Grosso. A paralisação foi decidida por unanimidade em assembleia, realizada no dia 27 do mês passado, em resposta ao reajuste de 21,3% parcelada em quatro anos realizada pelo governo federal. Os trabalhadores reivindicam 27,3% em uma única parcela.
Na tentativa de destravar as discussões, uma contraproposta de índice de reajuste linear foi feita pela categoria, de 19,7%, a ser paga no próximo ano, mas mesmo assim o Executivo não ficou sensibilizado. Para intensificar a mobilização, o Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Mato Grosso (Sindsep-MT) está realizando reuniões com servidores dos 31 órgãos que fazem parte da base do sindicato.
Ontem, foram visitados o Ministério da Saúde, Funasa, Dsei e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Hoje, o Comando Estadual de Greve terá reuniões com servidores da SRTE, DNIT, DNPM e AGU. A intenção é estudar as diretrizes a serem tomadas, principalmente em relação ao fortalecimento do movimento paredista e a criação de CG nos órgãos.
Em Brasília, os servidores federais decidiram, na Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais, dia 18 de julho, por deflagrar greve. Na semana passada, apesar de manter o percentual, o Ministério do Planejamento propôs a inclusão de uma cláusula para rever o reajuste em 2017, caso a inflação seja superior ao previsto para o período. A Confederação dos Servidores Públicos Federais (Condsef), que representa cerca de 500 mil servidores, entretanto, fez amplo debate com a categoria e espera que ao menos que o governo negocie índices de reajuste considerando um prazo de no máximo dois anos.
O sindicato em Mato Grosso tem mais de três mil filiados e representa cerca de 12 mil trabalhadores no Estado, entre ativos, aposentados e pensionistas.