Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) julgaram como insuficiente a proposta apresentada pelo governo para por fim a greve da categoria. Eles confirmaram uma manifestação, na terça-feira (28) na guarita um da UFMT, às 9h, sendo que eles seguirão até a avenida Fernando Correa da Costa. O dia 28 marca dois meses de greve e a orientação do Comando Nacional de Greve é realizar atos e interdição de avenidas em todo o país.
“O governo federal manteve sua proposta de 21,3% parcelados em quatro anos, o que não cobre a inflação projetada do período e muito menos as perdas acumuladas que já tivemos. Eles cederam com relação a um pequeno reajuste dos benefícios, porém esta proposta atende a uma pequena parte dos ativos e não beneficia aposentados e pensionistas. Não temos escolha a não ser julgar como insuficiente e criticar a postura do governo”, destacou a coordenadora geral do da Federação de Sindicatos de Trabalhadores da Educação Superior, Leia de Souza Oliveira.
Para o membro do Comando Local de Greve, Benedito Ferraz, “esta foi uma forma que encontramos para pressionar o governo, para que ele apresente uma proposta melhor. Vamos intensificar os atos nos Estados, já que diariamente temos representantes em Brasília cobrando melhoria na negociação. Vamos tirar o movimento grevista do campus, mostrar para a sociedade porque não está havendo aula na UFMT e porque setores estratégicos estão fechados”.
Ele ainda informou que as autoridades competentes já foram informadas sobre a manifestação dos trabalhadores da UFMT. O trânsito não deve ser totalmente interrompido.
A greve na UFMT envolve aproximadamente 1.3 mil trabalhadores técnicos administrativos. Nacionalmente, já chega a 76 o número de universidades que aderiram a greve. A próxima mesa de negociação ainda não teve sua data confirmada, porém deve ser realizada nos próximos dez dias.