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Sinop, Sorriso e Juara apresentam qualidade do ar imprópria

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Os três municípios apresentaram no período de junho a julho qualidade do ar ‘inadequada’ em razão de queimadas. Uma das estratégias da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para fortalecer o trabalho das equipes de educação ambiental e de fiscalização é acompanhar semanalmente com medições na capital e no interior a partir do sistema de modelagem atmosférica, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Outra proposta é colaborar com as prefeituras municipais na manutenção da saúde da população que é afetada pela fumaça, já que os relatórios ficam disponíveis no portal do órgão ambiental.

O gerente do Laboratório e Ensaios da Sema, o químico e mestre em Recursos Hídricos Sérgio Figueiredo, explica que é importante conscientizar a população quanto aos riscos das queimadas. As emissões desse tipo fumaça contêm 94% de ‘material particulado’, que é um poluente com alta toxidade porque suas partículas finas e ultrafinas transpõem a barreira epitelial e atingem porções profundas do sistema respiratório, provocando uma série de doenças inflamatórias. “Nós tivemos um episódio agudo de poluição atmosférica em Cuiabá no ano de 2007, que se repetiu menos severamente em 2008 e 2010, mas que provou aumento considerável aumento nos gastos com saúde pública por causa principalmente das doenças respiratórias”.

Esse fenômeno de 2007 se chama ‘smog’ e é comum em grandes centros urbanos, como São Paulo. No caso de Mato Grosso, surgiu proveniente das queimadas e incêndios florestais (e não da poluição industrial) advindas da região da Amazônia. O termo resulta da junção das palavras da língua inglesa ‘smoke’ (fumaça) e ‘fog’ (nevoeiro). Normalmente, os poluentes resultantes das queimadas na região norte trazem malefícios apenas locais ou regionais, dependendo da questão climática do período. Ou como é um material muito fino e leve, sobe para a atmosfera atingindo grandes alturas, que é levado pelas correntes de ar para locais mais distantes e descarregado em fundos de vales, lugares inabitados ou mesmo segue para outros estados ou países vizinhos. “Já tivemos reclamações de Rondônia que sofria os efeitos das queimadas de Mato Grosso”.  

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