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Servidores da Saúde negociam com governo e suspendem greve em Mato Grosso

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Servidores filiados ao Sindicato dos Funcionários Públicos da Saúde e do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sisma) se reuniram, ontem à noite, com representantes do governo e optaram por suspender a greve que estava marcada para começar hoje. A informação é do presidente do sindicato, Oscarlino Alves de Arruda Júnior. “Sentamos com o governo e agora estamos negociando as reivindicações. Vamos levar a proposta que temos para a categoria decidir se entra em greve nos próximos dias”, resumiu, ao Só Notícias.

Entre as cobranças dos sindicalizados, está o concurso público na área. O governo já teria sinalizado com a possibilidade abrir 470 vagas, já para 2016. “Não é satisfatório para nós e não chega nem perto do mínimo. Temos 700 servidores para se aposentar e mais de 2,1 mil trabalhadores contratados. Então, como é que vai suprir com apenas esta quantidade de vagas? Isso, na verdade, amplia o déficit de mão de obra”, avaliou Oscarlino.

Outro ponto discutido com Taques, foi a aposentadoria especial para os servidores da Saúde. Os sindicalizados apresentaram uma minuta de projeto de lei e saíram com a promessa de que a Procuradoria Geral do Estado vai emitir um parecer sobre a proposta em, no máximo, 10 dias. “Hoje, a gente tem, por exemplo, servidores com mais de 30 anos de trabalho em condições insalubres. É direito do trabalhador da Saúde a aposentadoria especial e o governo se comprometeu a regulamentar”.

Taques ainda prometeu solicitar um levantamento sobre a estrutura de todas as unidades de Saúde do Estado, com a intenção de reforma-las, além de tentar viabilizar recursos para aquisição de mobiliários e equipamentos. “Estão todas sucateadas. Segundo o governo, não há recursos, mas uma dotação orçamentária extra deve ser solicitada para executar essas ações. A proposta prevê cumprimento imediato, ainda para 2015”, adiantou o presidente do Sisma.

Todos os pontos discutidos e alinhados com o governo devem ser documentados e entregues oficialmente pelo governo aos sindicalizados. Com o documento em mãos, o Sisma deve convocar uma assembleia geral, provavelmente na semana que vem, para que os filiados decidam se deflagram ou não a greve. “A paralisação está suspensa e não cancelada. É importante ressaltar que somente os filiados têm poder de decidir. O Sisma, por si só, não decide nada”, destacou.

Conforme Só Notícias já informou, a partir do dia 21 de julho, o valor das diárias de viagens dos servidores, uma das principais reivindicações da categoria, também deve aumentar. O governo pagava anteriormente cerca de R$ 110 para profissionais com nível médio e R$ 130 para aqueles com formação superior. Agora, passará a ser R$ 180 para todos.

Representantes do Sisma decidiram, em assembleia dia 26 de junho, paralisar as atividades (o ato estava marcado para começar hoje) caso não houvesse resposta do governo. Antes da decisão, diretores do sindicato percorreram diversas cidades de Mato Grosso para conversar com os filiados. São mais de 4,3 mil trabalhadores. Só em hospitais, mais de mil.

(Atualizada às 9h40)

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