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Comissão é criada para investigar explosão e mortes de trabalhadores na Assembleia

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Prestes a completar quatro meses da explosão que matou três trabalhadores dentro da Assembleia Legislativa nada foi concluído sobre as investigações. Nesta semana, a Assembleia criou uma comissão de processo administrativo para apurar as causas e responsabilidades sobre o incidente registrado no dia 13 de março deste ano no gabinete que estava em obras para ser ocupado pelo deputado Gilmar Fabris (PSD). O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso também instaurou um inquérito civil para apurar o fato, mas até o momento não foi concluído.

A Mesa Diretora da Casa publicou a portaria no Diário Oficial do Estado da última quarta-feira (1°). O prazo é de 45 dias para os três servidores que integram a comissão concluírem os trabalhos após coletar informações e documentos indispensáveis à elucidação do fato, das circunstâncias em que ocorreu e eventuais responsabilidades, por ação ou omissão. Outra tarefa da comissão é recomendar, justificadamente, a penalidade aplicável, se comprovadas responsabilidades de alguém pelo acidente.

No Ministério Público do Trabalho, a reportagem apurou que o inquérito instaurado ainda aguarda o envio de alguns documentos. Foram feitas várias diligências e solicitadas informações da Polícia Civil, da Assembleia Legislativa e também da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. O MPT quer saber se a Superintendência fez algum relatório sobre análise do acidente. O órgão ressalta que atua em relação a direitos coletivos e só depois de concluir o inquérito é que vai decidir se será proposta a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ou se ingressará com alguma ação na Justiça.

Após a explosão que ocorreu no período da noite do dia 13 de março, as vítimas foram socorridas por policiais militares que estavam na Assembleia no momento. Luciano Henrique Perdiza teve 85% do corpo queimado, enquanto Jhonatan Bruno Paes, 24 anos, teve 90% e Wagner Nunes de Almeida, 23 anos, 100%. Eles foram encaminhados ao Pronto Socorro pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiram e morreram.

Funcionário do gabinete de Gilmar Fabris, Paulo Rogério da Silva, 39, estava em uma sala ao lado e também foi hospitalizado por ter inalado a fumaça tóxica. Ele foi socorrido e encaminhado para uma unidade médica, mas recebeu alta no mesmo dia.

Quatro dias depois do acidente, o deputado Gilmar Fabris disse em coletiva que pediu a seu funcionário Paulo Rogério para ir até a loja Santa Rita Decor e comprar os tapetes para serem colocados sobre o piso do gabinete que ele iria utilizar. O parlamentar revelou que os trabalhadores receberiam R$ 1,9 mil pelo serviço, uma espécie de “bico” que aceitaram fazer após o expediente de trabalho na loja onde trabalham e os tapetes foram adquiridos pelo funcionário de Fabris. O motivo é que a loja não oferecia o serviço de instalação. No entanto, Fabris alegou não ter nenhuma responsabilidade sobre a contratação das vítimas.

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