Há mais de um mês, o delegado responsável pela Delegacia de Guarantã do Norte (250 quilômetros de Sinop), Ramiro Matias Ribeiro Queiroz, vem tentando encontrar uma solução para a falta de vagas no sistema prisional. “A situação ainda não foi resolvida. Estamos tentando arrumar vagas em outros municípios”, explicou, ao Só Notícias.
Segundo o delegado, a situação já foi comunicada à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) que “se comprometeu a encontrar uma solução para o problema”. Ramiro não soube informar quantos presos aguardam na delegacia por uma vaga em presídio. O problema também afeta o município vizinho de Novo Mundo.
Conforme Só Notícias já informou, alguns presos acabaram sendo soltos este mês por falta de vagas porque a delegacia tem apenas duas celas e a maioria dos presos era enviada, anteriormente, ao presídio de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop), atualmente superlotado.
No final do mês passado, o delegado encaminhou uma carta à secretaria expondo a situação de vulnerabilidade dos municípios. “Muitas vezes, presos perigosos estão sendo soltos, pois não tendo vaga, não há como manter preso, e até entre os próprios criminosos, sabendo da atual situação, sabem que não ficam presos muito tempo quando cometem crimes na cidade de Guarantã e Novo Mundo”, relata Ramiro, no documento.
Não foi informado, no entanto, também quantos presos teriam sido soltos em virtude da falta de vagas.