Criado em 2001, pelo ex-governador Dante Martins de Oliveira, falecido em 2006, o Parque Zé Bolo Flô, localizado no bairro Coophema, na região do Coxipó, pode ser beneficiado com a instalação de uma academia ao ar livre da terceira idade. Atualmente, no local, existe apenas um espaço para alongamento, mas os aparelhos fixos em concreto estão enferrujados.
A reivindicação é do deputado Dilmar Dal Bosco (DEM). O pedido foi encaminhado ao secretário de Estado das Cidades, Eduardo Cairo Chiletto. “A reforma e a ampliação do espaço são necessários para os esportistas realizarem alongamento. Os equipamentos está há mais de dez anos sem manutenção e com os equipamentos inadequados para exercício físico e, não atende a demanda”.
O presidente da associação dos moradores do bairro Coophema, Osvaldo Valentim da Silva, o Osvaldinho, disse que a indicação é oportuna, uma vez que o único espaço para a realização de aquecimento, antes da corrida e caminhada, está sem manutenção, colocando em risco a integridade física dos adeptos ao exercício ao ar livre.
“O parque já tem mais de dez anos e, os equipamentos nunca receberam manutenção. Eles estão 100% enferrujados. Infelizmente, nem o governo nem a iniciativa privada não investem no parque. O poder público só faz a manutenção de praxe, que é a poda de árvores e das gramas. Nada mais que isso”, observou Valentim.
De acordo com a frequentadora do parque, Maria Dirce, há mais de um ano, professores e alunos-estagiários do curso de educação física da UFMT, por meio do projeto academia ao ar livre, aplicam exercícios de alongamento às pessoas de terceira idade.
“Na atividade de alongamento, eles utilizam equipamentos rudimentar como cabos de vassoura e garrafas pet com areia. Por isso, os idosos ficam impossibilitados de realizar exercícios físicos mais qualificados. Infelizmente, o parque não possui os equipamentos de academia ao ar livre adequados”, afirmou Maria Dirce.
Muitos frequentadores do parque questionam o privilégio dado ao Parque Mãe Bonifácia, em detrimento do Zé Bolo Flô. “Lá, há equipamentos necessários para atender os adeptos de exercícios ao ar livre e, várias promoções como corridas e shows. É o parque da elite. No Bolo Flô, não tem nada disso”, reclama Fábio Jonathan.
O parque possui 66 hectares de cerrado e foi criado para oferecer lazer aos moradores do Coxipó e ainda dar suporte à clientela assistida pelos estabelecimentos de saúde localizados em seu entorno, como o Hospital Adauto Botelho, a Escola de Saúde Pública e o Caps.
O nome do parque é uma homenagem ao cuiabano Zé Bolo Flô. Pobre e negro, foi compositor, poeta a músico de sucesso na sociedade cuiabana, sendo requisitado nos festejos religiosos e carnavais realizados nas ruas e praças da antiga Cuiabá.