Relatório da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) quanto à operação ‘Mata Verde’, realizada entre 30 de maio e 13 deste mês, mostra que houve a identificação de desmatamento ilegal em 120 pontos vistoriados pelas equipes de fiscalização, totalizando de 7,8 mil hectares na região de Colniza. Desse total, 39 pontos foram em áreas que têm o Cadastro Ambiental Rural (CAR), correspondendo a 2,5 mil hectares. Outros 30 pontos se referem a áreas não cadastradas e identificadas ‘in loco’, somando 2,7 mil hectares; outros 39 pontos não tiveram identificação de ‘responsáveis’, correspondendo a 2,5 mil hectares; e 12 pontos estavam em áreas com desmates recentes (sem totalização da área).
O superintendente de Fiscalização da Sema, major Fagner Augusto do Nascimento, explica que se constatou a veracidade de muitas informações dos sistemas de alerta indicados pelos satélites SAD-Imazon/Inpe e que maioria dos desmatamentos aconteceram por abertura de pastagens para atividade de pecuária extensiva associada à atividade madeireira predatória.
Ele explica que na região de Colniza há muita dificuldade de acesso aos pontos por vias terrestres em razão das más condições de trafegabilidade das estradas e também de identificação os infratores para responsabilização pelos crimes ambientais. “Nós tivemos um total de 28 horas de voo durante a operação para auxiliar na dinâmica da localização dos pontos, além das áreas indicativas nos sistemas de alerta, foram detectados polígonos com desmates recentes, que possivelmente serão alvo de sistemas de alerta futuros”.
Todos os pontos de desmatamento indicados, especificamente aqueles com identificação de responsáveis (propriedades rurais com CAR ou identificadas in loco), foram encaminhados para a Superintendência de Geotecnologia e Monitoramento Ambiental da Sema para quantificação de áreas desmatadas e, posteriormente, autuação administrativa. “A presença da fiscalização nessas regiões que representam ‘a última fronteira desbravada’ é importante para inibir a crescente predatória e inibir novas ocorrências de ilícitos ambientais”.