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Parceria vai reestruturar Colônia Penal Agrícola em Mato Grosso

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O Centro de Ressocialização Agrícola das Palmeiras, antiga Colônia Penal Agrícola localizada na região de Santo Antônio de Leverger, vai passar por uma reestruturação para receber novos reeducandos. A Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) firmou uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para a reestruturação do local. Essa parceria contará com a colaboração de estudantes dos cursos superiores de agrárias e com o fornecimento de insumos para o plantio de alimentos e criação de animais.

Na terça-feira (23), o diretor da unidade, Pedro Marques de Almeida Júnior, se reuniu com o vice-reitor da UFMT, João Carlos Maia, e, ontem, foi a vez da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) concluir os detalhes da cooperação. "O reitor se prontificou em colocar a estrutura da UFMT e o que for necessário à disposição. Ficou acordado que a parceria incluirá os cursos de agrárias e outros como engenharia florestal, veterinária e zootecnia, além de um trabalho social a ser desenvolvido com a comunidade da agrovila, com estudantes das áreas de serviço social, saúde e arquitetura", contou Pedro Marques, que é agente penitenciário e agrônomo.

Outra importante parceria foi estabelecida com a Empaer, que garantirá o aporte técnico de agrônomos para a construção e manutenção de várias frentes de trabalho, com a doação de sementes, mudas, defensivos agrícolas e adubos, além de insumos para atividades de pecuária. A Empaer deve colaborar também na comercialização dos produtos.

A Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) devem colaboram na reestruturação do Centro de Ressocialização com educação e qualificação profissional dos apenados, já que uma das condições impostas para continuar na unidade será a presença nos cursos profissionalizantes e o retorno aos estudos.

De acordo com o diretor, a unidade será toda reestruturada com um planejamento voltado para o trabalho agrícola, qualificação profissional, educação e ressocialização dos presos de baixa periculosidade vindos do regime fechado que tenham interesse e facilidade com as atividades rurais.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos Márcio Dorilêo destaca que a unidade é autossustentável, com um custo baixo em relação às demais unidades prisionais do estado, dando uma perspectiva mais humana de ressocialização, que permita uma oportunidade, um resgate de cidadania aos reeducandos.

 “Queremos resgatar aquilo que existiu um dia e se perdeu e tirar daqui futuros trabalhadores que serão aproveitados na economia do estado. Vamos trabalhar para reconquistar a confiança da comunidade e fazer com que esse reeducando saia com uma mentalidade diferente da que entrou”, disse o secretário, esperando o dia em que o Centro de Ressocialização Agrícola Palmeiras voltará a ser uma referência nacional.

Hoje apenas cinco recuperandos cumprem pena na unidade de Palmeiras. O plano é que esse número seja elevado a 64 em breve, trazendo apenados do regime fechado.

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