A justiça estadual negou mais dois pedidos de liberade e mantém presas, em Cuiabá, Nayara Mendes Pereira de Souza, 25 anos, e Isis Kevilin Ojeda, 21, acusadas de doparem agentes prisionais em Nova Mutum, em fevereiro, e darem chaves para detentos abrirem as celas (27 escaparam e a maior parte foi capturada). Habeas corpus foram negados, por unanimidade pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. A juíza Helícia Vitti Lourenço, da 1ª Vara Criminal de Nova Mutum, local onde tramita a ação penal contra 7 réus envolvidos na fuga, indeferiu, há poucos dias, pedido de revogação da prisão preventiva pleiteada pelas acusadas e destacou a necessidade de mantê-las presas. O Ministério Público Estadualtambém emitiu parecer contrário ao pedido de soltura. As duas, que chegaram a debochar dos agentes -ao serem presas, dizendo que a fuga foi 'mamão com açúcar- permanecem presas por tempo indeterminado.
Os agentes penitenciários, Fabian Carlos Rodrigues da Silva (Fabi) e Luiz Mauro Romão da Silva presos por facilitação de fuga, tiveram fiança de 5 salários mínimos (R$ 3.9 mil). Fabian ficou algumas semanas preso, pagou e saiu. Não foi confirmado se Luiz foi solto.
O ex-diretor da cadeia de Nova Mutum, Henrique Francisco de Paula Neto, também foi solto após pagar fiança. No habeas corpus que deu liberdade aos ainda servidores públicos, também foi determinado o afastamento deles das funções, mas com a manutenção dos salários recebidos.
O trio foi preso no dia 4 de fevereiro após a fuga, pela porta da frente, depois que os agentes foram dopados ao participarem de uma “festinha íntima” com as garotas. Fabian e Luiz Romão foram encontrados desacordados e nus.