Dezenas de servidores da Saúde, lotados no Escritório Regional, protestaram, esta manhã, contra as más condições de trabalho para os profissionais, além da medida do governo, que não pagou a totalidade da reposição salarial de 6,22%. Os trabalhadores empunharam faixas e cartazes e depois entregaram panfletos na avenida Júlio Campos, no centro, expondo para os moradores a situação da Saúde do Estado.
O diretor local do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma), Bruno de Oliveira, explicou, ao Só Notícias, que um relatório também foi encomendado à Vigilância Sanitária para ser entregue ao Ministério Público Estadual (MPE). “Se o Escritório Regional fosse uma empresa, deveria ser embargado. São cerca de oitenta servidores em condições insalubres, onde faltam banheiros e bebedouros. O ambiente é exposto, com as cadeiras e mesas quebradas”.
O Escritório Regional é responsável pelo atendimento a 14 municípios. A unidade cumpre o papel de fiscalizadora de centenas de farmácias e outros estabelecimentos de saúde. No local, também é feita a distribuição logística das vacinas na região, entre outros trabalhos. O atendimento será retomado, normalmente, amanhã. “O estado de greve, no entanto, continua. Vamos esperar a resposta do governo, mas, a qualquer momento, a gente pode paralisar as atividades”.
Conforme Só Notícias já informou, apesar da paralisação, as unidades de Sinop continuam funcionaram hoje normalmente. No Hospital Regional, conforme o interventor Wanderson Silva, não houve adesão à manifestação, uma vez que a maioria dos funcionários está sob regime de Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT), vinculado à Organização Social de Saúde (OSS) que administrava o hospital. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizada na avenida André Maggi, uma fonte informou que os atendimentos também não foram afetados.
No Estado, os servidores também reivindicam melhores condições para prestar atendimento digno à população mato-grossense. A decisão foi tomada pela categoria, durante assembleia geral, na última sexta-feira. Como forma de protesto, os trabalhadores realizam rodas de conversas para conscientização e esclarecimento à população sobre a atual situação das unidades de saúde e da necessidade urgente de melhorias de infraestrutura, aquisição de insumos e medicamentos para garantir de forma plena o atendimento na saúde pública.
A categoria quer que o governo do Estado se posicione sobre os 17 pontos de reivindicações levantados através de assembleias gerais levando em consideração às necessidades de todas as unidades do Estado. Os itens de reivindicação levantados pela categoria, segundo os servidores, são essenciais para que haja tratamento digno e humanizado tanto para o trabalhador quanto para a clientela usuária dos serviços do SUS.
(foto: Só Notícias/Luiz Ornaghi)