Os professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Sinop, decidiram adiar a adesão ao movimento grevista da categoria, que foi iniciado hoje. Em reunião, realizada ontem, a maioria dos profissionais votou pela finalização do semestre atual, em julho, para somente então paralisar as atividades.
Por outro lado, os técnicos administrativos da instituição local aderiram à greve da categoria, que também iniciou hoje. Alguns setores administrativos da universidade sinopense devem funcionar parcialmente enquanto o movimento durar.
A instituição conta com cerca de quatro mil acadêmicos nos cursos de Agronomia, Enfermagem, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Florestal, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária, Zootecnia, Licenciatura em Ciências da Natureza, com ênfase em Física, Matemática e Química. Não foi informado quantos servidores administrativos e professores o campus possui atualmente.
Tanto administrativos quanto professores dos demais campi da UFMT decidiram por entrar em greve hoje. A instituição tem campi em Cuiabá, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças e Pontal do Araguaia. Toda a instituição conta com cerca de 30 mil acadêmicos.
Conforme Só Notícias já informou, dentre as reivindicações feitas pelos docentes estão melhores condições salariais a professores aposentados e em exercício, a não aprovação do projeto de terceirização do trabalho, a redução no custo da Previdência Social e a perda de 31% do orçamento da educação no Brasil. Destacam ainda a necessidade da realização de novos concursos para a contratação de mais profissionais.
Os técnicos administrativos decidiram sobre a greve, na semana passada, em assembleia. Entre as reivindicações, eles cobram do governo federal a reposição de perdas salariais que acumulam cerca de 27%, a criação de uma data base para negociação, a exemplo do que acontece na iniciativa privada e a democratização das universidades federais na escolha de seus reitores.