Com o slogan “Esquecer é permitir, lembrar é combater”, foi lançada, esta manhã, a Campanha de Combate ao Abuso e à Exploração contra Crianças e Adolescentes. A Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), em parceria com a Corregedoria Geral de Justiça de Mato Grosso, buscam, com esta ação, reduzir os índices no Estado e proteger crianças e adolescentes com um trabalho de conscientização da sociedade e articulação da rede de proteção.
Segundo o secretário Valdiney de Arruda, titular da Setas, a intenção é aumentar a conscientização em torno deste importante tema para que não só a rede socioassistencial atue no enfrentamento, mas também o poder público e toda a sociedade.
Para o gestor, antes de mais nada é preciso que toda energia seja usada para evitar o abuso contra crianças e adolescentes. “Mas se infelizmente ele ocorrer, temos que dar o devido tratamento, encaminhando a vítima para a rede de assistência multidisciplinar e punindo o autor do crime”, discursou o secretário, observando que dificilmente um trauma físico e psicológico será superado quando adulto. “São várias as formas de abuso, porém a violência sexual é a pior delas”.
A desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak, corregedora geral da Justiça de Mato Grosso falou, durante o lançamento, do papel fundamental do poder público nas suas várias esferas para a reversão do triste quadro da violência sexual contra a criança e o adolescente em todo o país. “O Tribunal de Justiça, além de se empenhar para agilizar os processos que envolvem este tipo de crime também realiza um trabalho preventivo e de conscientização, a exemplo desta ação em parceria com o governo do Estado”.
Na oportunidade, a secretária adjunta de Assistência Social da Setas, Marilê Ferreira, conduziu a distribuição de kits da campanha aos representantes dos municípios que compareceram ao lançamento.
A assistente social Jenifer Gerônimo, da Prefeitura de Primavera do Leste, destacou o papel do município neste processo. “Nós já começamos a fazer a mobilização em torno desta campanha no nosso Cras e nas escolas e na próxima segunda, de posse deste material, vamos fazer um seminário para sensibilizar profissionais da rede”.
Caso Araceli – no dia 18 de maio de 1973, uma menina de oito anos foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Seu corpo apareceu seis dias depois carbonizado e os seus agressores, jovens de classe média alta, nunca foram punidos. A data ficou instituída como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”.