O Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano protocolou na Secretaria de Estado de Saúde, na última sexta-feira (8), o pedido de rompimento do contrato para gerir o Hospital Regional. A informação foi repassada, ao Só Notícias, por uma fonte ligada ao hospital e a alegação é a falta de pagamento por parte do governo.
Com isso, o governo tem 60 dias, a partir de hoje, para começar a assumir a gestão da unidade de saúde. Após este prazo, o instituto não irá mais se responsabilizar pela gerência.
Uma fonte disse ainda que os médicos estão com dois meses de salários atrasados. Os profissionais protocolaram no Conselho Regional de Medicina, Ministério Público Estadual e também OSS que se esta semana se o pagamento não fosse regularizado, não seriam mais aceitos pacientes na UTI e na clínica médica. Ou seja, funcionariam apenas os serviços de atendimento de urgência e emergência. Os profissionais não descartam até abandonar o trabalho na unidade.
No mês passado, o diretor geral do instituto e gestor do hospital, Naírio Augusto dos Santos, foi até a câmara dos vereadores e expôs a complicada situação financeira vivida atualmente. Ele mostrou os números de atendimentos, cirurgias, exames e atendimentos de emergências. Disse também que existe uma dívida com fornecedores de aproximadamente R$ 2 milhões e que o governo deve aproximadamente R$ 4 milhões para o instituto.
Em abril de 2012 a unidade recebia R$ 3,8 milhões para fazer as suas cirurgias, exames e atendimentos. Em abril deste ano, houve aumento de 30% do volume de atendimentos e o valor teria encolhido. Esta situação geral já foi apresentada às autoridades estaduais a mais de 60 dias para que providências fossem tomadas, no entanto, nada foi feito, disse o diretor geral na oportunidade.
"Em relação a valores retidos e não foram repassados, atualmente são R$ 4,6 milhões (a dívida do governo com o instituto) e ainda estamos por receber a competência do mês de março. Se o governo quiser que entregamos o hospital para ele ou para o consórcio não há restrição nenhuma. Se isso for a decisão do governo, estamos aptos a fazer isso de imediato e sem transtorno, porque nós não queremos causar nenhuma descontinuidade a prestação de serviços a nossa população. Obviamente que passaremos o quadro de pessoal existente, os estoques, os fornecedores a serem pagos para fazer o repasse, seja pra quem for", disse anteriormente.
(Atualizada às 13h30)