O governo federal quer iniciar, ainda este ano, ao processo de licenciamento ambiental da ferrovia ligando Sinop a Miritituba (PA) em pouco mais de 900 quilômetros. A ação é apontada nas perspectivas operacionais da Empresa de Planejamento e Logística, estatal que tem por finalidade estruturar e qualificar, por meio de estudos e pesquisas, o processo de planejamento integrado de logística no país em todos os modais. Só Notícias apurou que a agilização é orientação do Ministério dos Transportes.
Os estudos para a ferrovia estão em andamento e tem sido o motivo de reuniões constantes entre representantes da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), membros da Comissão de Seleção dos Estudos para Concessão de Ferrovias. No lançamento do edital para seleção da empresa que faria o levantamento necessário, houve 16 propostas.
Entidades do agronegócio, com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), têm defendido a construção de ferrovia para escoar parte da produção de soja, milho, algodão, carne e madeira do Médio Norte. O presidente, Glauber Silveira, já chegou a declarar que os estudos apontam investimentos de R$ 6 bilhões e com o potencial de escoar 30 milhões de toneladas até 2020.
A Universidade Federal de Santa Catarina ainda deve apresentar traçado de extensão da ferrovia de Sinop a Cuiabá. A data ainda não foi definida, no entanto, o presidente do Fórum Pró-Ferrovia, Francisco Vuolo (ex-secretário estadual de Logística), adiantou que será defendida a linha na margem esquerda da rodovia, sentido ao Pará, devido ao potencial mineral.
O trecho entre Rondonópolis e Cuiabá está orçado em R$ 1,360 bilhões em 220 km. Em 2013, foi inaugurado o Terminal Ferroviário de Rondonópolis e cerca 360 km de trilhos, passando também pelos terminais de Alto Araguaia, Alto Taquari e Itiquira.