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Começa a faltar gás de cozinha em algumas distribuidoras de Sinop

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Devido aos bloqueios promovidos por caminhoneiros em diversas rodovias de oito municípios de Mato Grosso, já começa a faltar gás de cozinha nas distribuidoras e revendas sinopenses. De acordo com um revendedor, o estoque acabou ontem e não há previsão para reposição, uma vez que os manifestantes impedem a passagem de veículos de cargas. “O caminhão está parado em Cuiabá. Os galões de água mineral também estão acabando”, disse ao Só Notícias.

Segundo o dono do estabelecimento, leva-se algum tempo para reorganizar as vendas. “Vai acontecer igual da outra vez. O consumidor estoca gás durante os bloqueios e, quando as rodovias são liberadas, a gente não consegue vender nada. É ruim, porque temos muitas contas para pagar”, reclamou, apesar de reconhecer que o protesto dos caminhoneiros é legítimo. “Sempre tem os dois lados da moeda. Acho que eles têm que ir atrás dos direitos deles mesmo. A gente entende. Só acredito que deveria ter uma forma de resolver tudo de uma vez só”, afirmou.

Em outra distribuidora, uma funcionário relatou que desde ontem estão sem produtos para vender. “Tem um caminhão trancado em Nova Mutum. Temos muita gente ligando, mas infelizmente só temos água, por enquanto”, explicou. Uma revendedora, no centro, de acordo com um trabalhador, só tem estoque para mais um dia. “Não estamos conseguindo atender a demanda desde o início dos bloqueios. Amanhã, nosso estoque deve acabar”, relatou.

Os bloqueios também causaram aumento na procura de combustíveis nos postos em algumas cidades da região e alguns já estão tendo filas. São motoristas que querem evitar o mesmo transporto causado pelo protesto em fevereiro, que fez com o que o estoque de gasolina, diesel e outros acabassem em pouco tempo. A estimativa é que os combustíveis acabem ainda esta semana, caso não haja desobstrução das rodovias.

Na primeira manifestação dos caminhoneiros, em fevereiro, houve desabastecimento de combustíveis, gás de cozinha e outros produtos em várias cidades do Nortão. Situação que deve voltar a ocorrer novamente com estes novos bloqueios.

Conforme Só Notícias já informou, há bloqueios na BR-364 em Diamantino, Alto Garças e Rondonópolis. Na BR-163, não houve qualquer tipo de liberação e os caminhoneiros se concentram em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Guarantã do Norte. Ontem, também foi bloqueada a MT-358, em Tangará da Serra.

Ontem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a resolução instituindo o procedimento para elaboração da tabela referencial dos custos, cobrado pela categoria. A norma define que os estudos deverão ser submetidos à audiência pública, com parâmetros de referência em vigência de 12 meses, revistos anualmente. Porém, o órgão poderá rever os valores a qualquer momento.

Apesar da oficialização, um dos representantes do movimento do setor em Mato Grosso, Júnior Boscoli, reforçou que os bloqueios em rodovias continuam até o governo oficializar uma tabela para entrar em vigor em todo o Brasil. “Se o governo nos chamar para discutir, vamos conversar. Mas os bloqueios seguem até uma tabela ser definida, assinada e publicada. Não vamos mais acreditar em conversinha, porque foi o que houve até aqui. A tabela precisa ser aprovada pelo movimento no Brasil inteiro, não só por um Estado, como aqui, por exemplo”, disse ao Só Notícias.

Os bloqueios nas rodovias de Mato Grosso e alguns estados brasileiros foram retomados, na quinta-feira (22), após uma reunião entre caminhoneiros e ANTT terminar sem acordo sobre a instituição da tabela de frete. O preço mínimo do frete considera os gastos com o caminhão no transporte como pneus, taxas e combustível. Um dos exemplos apresentados é de um trecho de 600 quilômetros, que corresponde aproximadamente o trajeto de Lucas do Rio Verde a Rondonópolis, em que o preço da tonelada seria de R$ 103,83. Hoje, conforme a representatividade do setor no Estado, o valor é de R$ 90, na safra. 

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